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quarta-feira, 31 de março de 2010

Formação - Qual é a melhor escolha?


A felicidade é feita de coisas pequenas.

Atualmente, vivemos em um mundo que nos oferece coisas demais, por isso, temos dificuldades para escolher acertadamente. Geralmente, as escolhas erradas trazem consequências irreversíveis, as quais nos tornam pessoas infelizes por toda a vida.

Você já percebeu que, quando estamos diante de uma mesa farta de alimentos, temos dificuldade para escolher o que realmente queremos comer? Geralmente, colocamos em nosso prato mais do que quereríamos comer e muito mais do que precisamos para nos alimentar. Assim acontece em nossa vida. Diante de nós estão muitas opções, os nossos desejos falam mais alto, os nossos olhos brilham, o nosso coração estremece de emoção, o nosso corpo fica na tibieza, o sabor doce do pecado nos atrai e o resultado é uma escolha errada. Quantos problemas, em nosso caminho, poderiam ter sido evitados se tivéssemos feito a escolha da direção certa.

Você quer ser feliz? Eu também quero, e Deus também quer que sejamos felizes, conforme diz em Sua Palavra: “Foi esta a única ordem que lhe dei: escutai minha voz: serei vosso Deus e vós sereis o meu povo; segui sempre a senda que vos indicar, a fim de que sejais felizes” (Jer 7, 23).

Diante dessa Palavra, como seguir o caminho certo para fazer a melhor escolha? Existe um segredo para que sejamos felizes. Há pessoas que não encontram a felicidade porque não valorizam a simplicidade. Você pode ser feliz ficando em casa com a sua família, indo à igreja, convivendo com os irmãos de comunidade, visitando amigos, levando os filhos para um passeio, tomando sorvete, lendo a Bíblia ou um bom livro. Reconhecendo o valor da família, da comunidade, concretizando o amor com gestos, palavras e presença; cultivando amigos, pois com eles podemos enxugar as lágrimas, dividir as alegrias, partilhar a vida e ser o que somos. Quando descobrirmos que a felicidade é feita de coisas pequenas, será mais fácil ser feliz!

Sejamos felizes ouvindo a voz do Senhor e obedecendo a Seus Mandamentos, que se resumem em amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos. Todos nós devemos amar ao Altíssimo com todo o nosso ser, porque Ele nos amou primeiro. Quando nos apaixonamos por Ele tudo tem gosto e sentido em nossa vida. Encontremos a felicidade buscando ter momentos de intimidade com o Senhor todos os dias, em todas as situações de nossa vida. Mas não basta que amemos unicamente a Deus, amar o próximo também é essencial para nós cristãos, desejar o bem do outro como o desejamos a nós mesmos.

Precisamos descobrir o caminho certo para a felicidade, que certamente está ligado à nossa total dependência de Deus, pois somente Ele sabe o que é melhor para Seus amados filhos. Nós não sabemos porque somos imperfeitos no amor, mas o Senhor é perfeito no Amor. Se você quer ser feliz, escolha o que Deus escolheu para você.

O importante é colocar-se sempre a caminho, em um esforço constante e verdadeiro para fazer a melhor escolha.

sábado, 27 de março de 2010

Sangue de jovem não corre, revoluciona!


Li recentemente uma frase que me deixou bem impactado, a frase é esta: “Sangue de jovem não corre, tira racha!”

Realmente é assim, queremos as coisas para já e para agora! Só você imaginar a lentidão da tua net. Se o download demora com certeza a sua impaciência vem em banda larga!

Outros podem usar a frase adaptada: “sangue de jovem não corre, voa”. Prefiro usar:

Sangue de jovem não corre, revoluciona!

Temos uma força forte que corre em nossas veias. Parece redundante, mas não é!

Esta força é forte! Pois vem do próprio Deus. Tem gente demais querendo nos convencer que esta força é fraca! Não se deixe iludir!

Fizemos uma experiência com Jesus, ele nos olhou e mudou a nossa vida! Provocou Revolução! E se ainda não provocou, pare de ler este post e se permita ser olhado por Ele! Ele está perto e está com o olhar fixo em você!

Esta experiência foi e é tão forte que nos faz pegar a vida nas mãos e dá-la um destino, um sentido! Gastar a vida na construção de um mundo mais bacana!

Quero te convidar a se mexer, a provar uma Revolução, algo que vai além de ideologia, mas algo que parte do encontro com uma pessoa! Jesus!

Como você se encontra hoje? Tem vontade de mudar o mundo? Vamos anunciar com a vida que é possível ser outro Cristo!

Apesar das dificuldades, não se deixe desencorajar nem renuncie os seus sonhos!

A vida pode até ser dura e difícil, porém acredite: Ser jovem é ter uma visão além do alcance!

O sangue de Jesus nos libertou! Este sangue revoluciona nossa vida e nos leva a falar mais alto que antes e nos dá a certeza de que é preciso mudar esta realidade!

Está em nossas mãos o futuro! Ou vai viver de passado? Pegue cada chance que tem e faça desta chance a oportunidade de provocar a Revolução Jesus!

Se está no presente, viva-o como ele é, ou seja, um presente! Abra-se e se perceba como presente, como Dom.

Neste post, quero provocar você a uma radicalidade na santidade! A deixar-se atrair por Deus e assim fazer algo para mudar a realidade! Podemos anunciar a vida eterna, e que o céu é uma conquista já garantida com Jesus, mas falta nossa parte!

“Os santos são os verdadeiros reformadores. Só dos Santos, só de Deus provém a verdadeira revolução, a mudança decisiva do mundo. ( Bento XVI)

E aí, vamos juntos provocar a Revolução Jesus?

Comente retuite, coloque no Orkut este texto, até se quiser imprimi-lo e queimá-lo e que a fumaça produzida possa anunciar Jesus. Provoque uma reação! Vamos fazer barulho, mas que este barulho tenha o conteúdo que gera sentido, gera vida!

Um conteúdo que é pessoa, é Jesus!

Tamu junto!

Adriano Goncalves

quarta-feira, 24 de março de 2010

Formação - Antes só


Evitar companhias e lugares que podem levar ao pecado.
Há um ditado popular que diz: “Antes sozinho que mal acompanhado”. Como entendê-lo? Estar sozinho, buscar a solidão é algo que assusta a todos nós, pois Deus não nos criou para o isolamento, mas sim, para vivermos em sociedade:

O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada” (Gênesis 2,18).

Já era uma preocupação do Altíssimo que não vivêssemos sozinhos, pois bem sabe o Senhor o quão difícil é o peso da solidão. Criou-nos para estarmos em sociedade. Mas, acontece que nem todos caminham na mesma direção, nem todos buscam o mesmo sentido.

Quando isso não acontece o que fazer?

Geralmente as pessoas se agrupam por afinidades, por grupos de interesse. Em nosso caso, cristãos que somos, estamos juntos, pois seguimos a Cristo e acreditamos em Suas palavras. Acontece que nem todos têm o mesmo pensamento que o nosso, aliás, a sociedade de hoje é uma sociedade pagã que, infelizmente, se distancia cada vez mais de Deus. Por isso, é um desafio constante cultivar amizades e relacionamentos nessa realidade.

Um princípio dos alcoólatras anônimos é: “Evitar o primeiro gole”. Ora, para evitar o primeiro gole é preciso evitar companhias, lugares e situações que podem provocar a queda e a volta ao vício. Na verdade, é a aplicação do princípio deixado por Jesus Cristo: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação”.

Oração e vigilância. Vigilância é exatamente isso: evitar companhias, lugares e situações que podem nos afastar de Deus, que podem nos levar ao pecado.

Se o outro não entender o motivo pelo qual evito sua companhia (e que isso seja feito não de forma agressiva!) e ele me der a oportunidade de lhe explicar, posso simplesmente dizer-lhe que minhas escolhas são distintas da dele. Caso perceba que ele não vá me entender, é preferível buscar refúgio no silêncio e na oração.

É dessa forma que dá para entender o ditado: “Antes sozinho do que mal acompanhado”, isto é, é preferível ficar sozinho que permanecer caminhando ao lado de pessoas que não me compreendem nem me auxiliam neste processo de busca de santidade que almejo.

No entanto, andar sozinho não quer dizer que eu tenho o direito de julgar o outro achando que ele está no caminho errado e eu no certo: certas coisas não precisam ser ditas. Cada um tem a sua consciência. Assim como não tenho o direito de me fechar caso a pessoa me procure: devo, como Jesus, estar sempre pronto a acolher e a ouvir, e caso seja solicitado a emitir a minha opinião sobre o que é correto, porque ensinar os ignorantes é uma obra de misericórdia.

Busquemos juntos a Divina Misericórdia e ela nos capacitará a buscar o outro de uma forma renovada.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Formação - Namorar é a solução?


Carência com carência só pode gerar desequilíbrio!
Todos nós temos a necessidade de ser amados. São muitas as pessoas que, com o intuito de corresponder a essa carência, pagam caro e se submetem a diversas situações. Todos nós somos carentes. Mas, se essa carência afetiva não for bem direcionada poderá tornar-se um fator de desequilíbrio, arrastando-nos, muitas vezes, a tomar atitudes contrárias a um sadio comportamento.

Em uma sociedade, na qual as famílias são cada vez mais desestruturadas, – com mães e pais que são solteiros e filhos órfãos de pais vivos –, o índice de ausência de amor na formação de nossas crianças é assustador.

Uma criança que nunca recebeu um abraço de seus pais, que nunca recebeu carinho, e que, ao contrário, foi criada em meio a gritos e grosserias, com certeza, crescerá com um enorme vazio existencial. Muitas dessas “crianças”, hoje, já crescidas, e impulsionadas por suas carências cometem grandes erros somente para atrair sobre si a atenção dos demais.

Por isso, acredito que antes de viver qualquer relacionamento afetivo, como o namoro, precisamos aprender a trabalhar nossa história, buscando a cura de nossos afetos. É claro que não precisamos ser perfeitos para namorar; mas, existem coisas em nossa vida que precisamos resolver antes de assumir um relacionamento.

Nem sempre o namoro é a solução, e pode até se tornar negativo se não estivermos preparados para vivê-lo. Carência com carência só pode gerar desequilíbrio e um relacionamento doentio, no qual a cobrança será excessiva e a ternura ausente. De modo que um sufocará o outro e a relação acabará se tornando um peso.

Existem determinadas coisas em nossa história que somente Deus pode curar; outras, que somente nós podemos resolvê-las. Por isso, faz-se necessária a experiência do autoconhecimento, para descobrirmos nossa verdade e os passos que precisamos dar, buscando a experiência da cura interior, de modo que Deus possa trabalhar em nossa história, curando nossas feridas e marcas. Essas experiências precisam preceder nossos relacionamentos, para que o ciúme, o orgulho e nossas carências não destruam o verdadeiro afeto no relacionamento.

Namorar é bom, ou melhor, ótimo! Mas, melhor ainda é namorar pronto, do jeito certo, tendo equilíbrio no amar e ser amado, compreendendo que somente Deus pode preencher o vazio da alma, e que este espaço o outro não pode ocupar, por mais que o forcemos a isso.

Amor em que um diviniza o outro e depois o prende é amor destemperado e doente.

Antes de se viver o “nós”, é preciso trabalhar o “eu”, para que, no futuro, nossos relacionamentos tenham mais qualidade e sejam mais duradouros.

Quem não se deixa levar pela pressa, mas segue o caminho proposto por Deus, colherá maravilhosos frutos e alcançará, gradativamente, a felicidade em seus relacionamentos.

Tenhamos a coragem de realizar tudo do jeito de Deus e não do nosso, abrindo-nos à Sua ação libertadora em nossa vida. Somente, assim, poderemos acompanhar e ser bem acompanhados pelos demais.

Deus abençoe!

"Não julgar e não condenar o próximo", pede o Papa neste domingo


"Aprendamos do Senhor Jesus a não julgar e a não condenar o próximo", foi o pedido do Papa Bento XVI, antes do Angelus deste domingo, 21, na Praça de São Pedro, no Vaticano.

O Santo Padre refletiu sobre o Evangelho deste domingo, da mulher adúltera e as palavras de Jesus: "aquele de vós que estiver sem pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. "Estas palavras estão cheias da força desarmante da verdade, que abate o muro da hipocrisia e abre as consciências a uma justiça maior: a do amor, em que consiste a realização plena de cada preceito. É a justiça que salvou também Saulo de Tarso, transformando-o em São Paulo".

"Deus deseja para nós somente o bem e a vida; ocupa-se da saúde da nossa alma através dos seus ministros, libertando-nos do mal com o Sacramento da Reconciliação, para que ninguém se perca, mas todos se possam converter", acrescentou o Papa.

Neste ano sacerdotal, Bento XVI exortou os pastores a imitar São Cura d’Ars no ministério do perdão sacramental, para que os fiéis redescubram o seu significado e beleza e sejam restabelecidos pelo amor misericordioso de Deus, o qual chega ao ponto de esquecer voluntariamente o pecado para nos perdoar.

O Papa concluiu convidando todos a aprender do Senhor Jesus a não julgar e a não condenar o próximo. “Aprendamos a ser intransigentes com o pecado - a partir do nosso – e indulgentes com as pessoas. Que nisto nos ajude a santa Mãe de Deus que, isenta de qualquer culpa, é medianeira de graça para cada pecador arrependido".

Depois da recitação do Angelus o Papa recordou que no próximo domingo - Domingo de Ramos-, ocorre o 25º aniversario do inicio das Jornadas Mundiais da Juventude, uma criação do Venerável João Paulo II. Por isso, Bento XVI convidou os jovens de Roma de do Lacio a se reunirem na próxima quinta feira, 25, a partir das 19 horas, para um encontro especial de festa.

sábado, 20 de março de 2010

Frases de Santa Teresinha - Doutora da Igreja

"Não sou um guerreiro que combateu com armas terrestres, mas com a espada do Espírito que é a palavra de Deus".

"Para mim acho que a perfeição é fácil de se praticar, porque compreendi que basta pegar Jesus pelo coração..."

"Ó Farol luminoso do amor, eu sei como chegar a Ti, encontrei o segredo de me apropriar de Tua chama."

"Compreendi que o Amor englobava todas as vocações, que o Amor era tudo..."

"... Compreendi que meu amor não se devia traduzir somente por palavras."

"Não é bastante amar, é preciso prová-lo!"

"Um só ato de amor nos fará conhecer melhor Jesus..."

"... Pensar em uma pessoa que se ama é rezar por ela".

"Ó meu Jesus, lutarei por vosso amor até à noite da minha vida".

"É na tua bondade sempre infinita que quero me perder, ó Coração de Jesus!"

"... Espero tudo do Bom Deus, como uma criancinha espera tudo de seu pai".

"Como estou longe de ser conduzida pela via do temor, sei sempre encontrar o meio de ser feliz e aproveitar de minhas misérias" .

"O Senhor é tão bom para comigo, que me é impossível temê-lo".

"Ó Trindade, vós sois prisioneira de meu amor!..."

"Ó meu Deus, Trindade Bem-aventurada! Eu vos desejo amar e vos fazer amada..."

"Acho que nesses momentos de grande tristezas tem-se a necessidade de olhar para o céu em lugar de chorar..."

"O Pai quer que o ame, porque Ele me perdoou não muito, mas tudo".

"Sim, tudo está bem, quando só se busca a vontade de Jesus".

"Já que a verdade brilha aos seus olhos, não fuja da sua luz".

"O Bom Deus me mostra a verdade, sinto muito bem que tudo vem dele" .
"A vida é apenas um sonho, em breve nos acordaremos".

"Só tenho de olhar o santo Evangelho, logo respiro os perfumes da vida de Jesus e sei para que lado correr".

"Só temos o curto instante da vida para dá-lo ao Bom Deus..."

"É preciso que o Espírito Santo seja a vida de teu coração".

"Ó Jesus, meu Amor... minha vocação, enfim, eu a encontrei, minha vocação é o Amor!"

"Enfim, pus mão à obra e tinha tanta boa vontade que consegui perfeitamente".

"Que felicidade poder dizer: "Estou seguro de fazer a vontade do Bom Deus".

"Eu não lamento a vida, oh, não!"

"E minha vida é um ''único ato de amor!"

"O Bom Deus me dá coragem na proporção dos meus sofrimentos".

"Faz-nos tanto bem, quando sofremos, ter corações amigos, cujo eco responde a nossa dor".

"A caridade é o caminho excelente, que conduz seguramente a Deus"

"Sou de tal natureza que o temor me faz recuar; com o amor não somente avanço, mas vôo..."

"É muito doce a gente se sentir fraco e pequeno!"

"É preciso abandonar o futuro nas mãos do Bom Deus..."

"Nada acontece que Deus não tenha previsto desde toda a eternidade..."

"Não me inquieto, absolutamente, com o futuro..."

"Por uma graça fielmente recebida, Ele me concedia uma multidão de outras".

"Jesus não quer que eu reclame o que me pertence; isso deveria parecer-me fácil e natural pois nada me pertence".

"Instruindo os outros muito aprendi".

"Deus não poderia me inspirar desejos irrealizáveis, portanto, posso, apesar da minha pequenez, aspirar à santidade".

"Não consigo crescer, devo suportar-me como sou, com todas as minhas imperfeições".

"Parece-me que agora nada me impede de levantar vôo, pois não tenho mais grandes desejos a não ser o de amar até morrer de amor".

"Os mais belos pensamentos nada são sem as obras".

"Para mim a oração é um impulso do coração, um simples olhar para o Céu, um grito de gratidão e amor no meio da provação como no meio da alegria".

"Minhas mortificações consistiam em refrear minha vontade, sempre prestes a se impor"...

"Ele quem me instruiu dessa ciência que esconde dos sábios e dos pedantes e revela aos menores..."

"Ao dar-se a Deus, o coração não perde sua natural ternura, pelo contrário, essa ternura cresce ao tornar-se mais pura e mais divina".

"Sinto que quando sou caridosa é só Jesus que age em mim".

"Felizmente, não desanimo com facilidade".

"Estou longe de praticar o que entendo, mas o desejo que tenho de praticar é suficiente para me dar a paz".

"Deus é mais terno que uma mãe".

"Em vez de me causar mal, levar-me à vaidade, os dons que Deus me prodigalizou (sem que Lhe tenha pedido) me levam para Ele".

"A mim Ele me deu sua Misericórdia infinita e é, através dela, que contemplo e adoro as outras perfeições divinas!..."

"O Bom Deus me fez compreender que existem almas que sua misericórdia não se cansa de esperar..."

"Como a bondade e o amor misericordioso de Jesus são pouco conhecidos!..."

"... Ó meu Bem-Amado, uma só missão não me bastaria..."

"Eu sou pequena demais para subir a rude escada da perfeição".

"Posso, apesar de minha pequenez, aspirar à santidade".

"Vou me contentar em seguir Jesus em seu caminho doloroso".

"O pecado mortal não me tiraria a confiança".

"Guardar a palavra de Jesus, eis a única condição de nossa felicidade".

"É muito doce a gente se sentir fraco e pequeno!"

"Eu vos suplico, ó meu Deus, enviar-me uma humilhação cada vez que eu tentar me elevar acima dos outros".

"Prestai atenção ao que faz Maria; imitai-a... e esse Deus de bondade recompensará vossa fé".

"A Santíssima Virgem dá bem os meus recados, dar-lhe-ei outro mais. Repito-lhe, muitas vezes: "Diga-lhe para não se preocupar comigo".

"Sabemos muito bem que a Virgem Santíssima é a rainha do céu e da terra, mas ela é mais mãe do que rainha".

"E eu que desejava o martírio, é possível que morra em um leito!"

"Tu sabes bem, meu único martírio é teu amor, Coração Sagrado de Jesus!"

"Morrer de amor é um bem doce martírio!"

"O mérito não consiste em fazer nem em dar muito, mas, antes, em receber, em amar muito!"

"Ó meu Deus, longe de me desencorajar à vista de minhas misérias, venho a vós com confiança..."

"Não prefiro nem morrer nem viver... O que o Bom Deus prefere e escolhe para mim, eis o que me agrada mais."

"O apostolado da oração não é, por assim dizer, mais elevado do que o da palavra?"

"Pois bem, sou eu essa criança, objeto do amor previdente de um Pai..."

sexta-feira, 19 de março de 2010

Formação Ângelus (Para Servos iniciantes em Grupos de Oração)


RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA.
A Renovação Carismática Católica (RCC) é um movimento católico que surgiu nos Estados Unidos em meados da década de 1960. Ele é voltado para a experiência pessoal com Deus, particularmente através do Espírito Santo e dos seus dons. Esse movimento busca dar uma nova abordagem às formas de doutrinação e renovar práticas tradicionais dos ritos e da mística católicos.
Origem
Já em fins do século XIX, o papa Leão XIII escreveu uma Encíclica sobre a Pessoa do Espírito Santo, incomodado que ficou com a insistência de uma freira que lhe escrevia falando da pouca atenção que a Igreja dava ao Espírito Santo. Além de se preocupar em fazer a doutrina do Espírito Santo mais popular, escreveu também uma ladainha para a 3ª Pessoa da SS. Trindade e, no fim do século XIX, esse mesmo papa celebra uma Missa consagrando o século XX à Pessoa do Espírito Santo.
Neste século, o papa João XXIII manifesta sua vontade de que o Concílio Vaticano II fosse guiado pelo Espírito Santo. E, ao convocar o Concílio, o papa reza pedindo um novo Pentecostes para toda a Igreja. O Concílio então dá fundamentação para que mais adiante iniciasse a RCC. Termina em 1965 e, no ano seguinte, aquelas pessoas da Universidade de Duquesne começaram a questionar sua vida espiritual e seu apostolado, pedindo o mesmo que João XXIII.
A Renovação Carismática Católica (RCC) surgiu na Igreja no momento em que se começava a procurar caminhos para pôr em prática uma renovação eclesial desejada pelo Concílio Vaticano II.
Não se havia passado um ano sequer ao término do Concílio, quando, em outubro de 1966, começou a despontar o movimento religioso chamado agora "Renovação Carismática". Nesta circunstância, a Renovação aparece como um acontecimento pós-conciliar estreitamente vinculado ao próprio Concílio, em uma conjuntura histórica importante para a Igreja Católica.
"Um grupo de pessoas, membros de faculdades da Universidade de Duquesne do Espírito Santo, reuniam-se freqüentemente para momentos de oração fervorosa e para conversar sobre a vitalidade de sua vida de fé. Aqueles professores haviam se dedicado durante muitos anos ao serviço de Jesus Cristo, entregando-se a várias atividades apostólicas. Apesar disso, estavam sentindo que algo faltava em sua vida cristã pessoal. Ainda que não pudessem especificar o porquê, cada um reconhecia que havia certo vazio, falta de dinamismo, debilidade espiritual, em suas orações e atividades. Era como se a vida cristã dependesse demasiado de seus próprios esforços, como se avançassem sob seu próprio poder e motivados por sua própria vontade.


A RCC NO BRASIL.
A Renovação Carismática Católica no Brasil surgiu na década de 1970.

Os padres jesuítas Pe. Haroldo Ham, Pe. Sales começaram a difundir no Brasil a chamada “Experiência do Espírito Santo”, que mais tarde passou a chamar-se Experiência de Oração.

Em conseqüência, outros religiosos e leigos, em diversos lugares do território brasileiro, começaram a viver essa Experiência no Espírito Santo e suas atividades paroquiais ganharam nova vida, nascia aí a Renovação no Brasil.


GRUPOS DE ORAÇÃO
Art. 95º - Os grupos de oração constituem a célula básica da RCC, e são o meio mais eficaz de seu crescimento, para tanto eles devem apresentar as seguintes características:
a) Reunir-se semanalmente, em local, dia e horário definidos, sendo aberto a todas as pessoas que queiram participar;
b) Ter um núcleo de coordenação preparado;
c) Ter uma equipe de serviço preparada;
d) Ter um abastecimento semanal (reunião de oração e preparação) com local, dia e horário definidos;
e) Promover o conhecimento e prática da Palavra de Deus, através do uso freqüente da Bíblia nas reuniões de oração;
f) Ter um grupo de intercessão preparado e atuante (semanal).
Parágrafo Segundo – O núcleo de coordenação deverá ser formada pelo coordenador(a) do grupo de oração, que escolherá uma pequena equipe de no mínimo 3 (três) e no máximo 5 (cinco) servos(a), para o auxiliarem em suas funções de coordenação

CAPÍTULO III - DO COORDENADOR DO GRUPO
Art. 100º - O Coordenador de um Grupo de Oração deve ser um servo maduro espiritualmente, emocionalmente equilibrado, responsável pela condução e auxílio na formação da equipe de serviço, sendo o representante do grupo junto às autoridades da Igreja e da RCC.

SEÇÃO I - REQUISITOS MÍNIMOS
Art. 101º - Poderão ser indicados para concorrerem à Coordenação do Grupo de Oração, as pessoas leigas que preencherem os seguintes prérequisitos:
a) Estar participando da Equipe de Serviço (Abastecimento) por pelo menos 2 anos;
b) Ser Servo(a) maduro(a);
c) Ter espiritualidade;
d) Ter disponibilidade, para conduzir e acompanhar as atividades da RCC;
e) Possuir amplo discernimento;
f) Conhecer a RCC, sua identidade, estrutura e missão dentro da Igreja;
g) Ser um membro atuante da Igreja, conhecedor da Doutrina Católica e fiel às diretrizes da Igreja e da RCC;
h) Não ter nada que desabone sua reputação moral, social e espiritual;
i) Ter concluído, ou estar cursando, a Escola Permanente de Formação - Paulo Apóstolo, caso contrário terá o prazo máximo de 6 meses para iniciar esta formação;
j) Não exercer qualquer cargo político partidário, seja qual for o critério, eletivo (vereador, deputado, etc.) ou indicativo (assessor, etc.), conforme artigo 120 deste regimento;
k) Ser obediente e atento(a) às determinações de seu Pároco, do Bispo e principalmente do Santo Padre o Papa.

CAPÍTULO V - DOS SERVOS(AS)
Art 109º - SERVO(A) é uma pessoa leiga, que através da força do ESPIRITO SANTO, tem uma experiência pessoal com DEUS, convertendo-se diariamente ao SENHORIO DE JESUS, assumindo um compromisso pessoal e comunitário na Igreja, participando assiduamente da Equipe de Serviços e da Reunião Geral do GRUPO DE ORAÇÃO.
SEÇÃO I - REQUISITOS MÍNIMOS
Art. 110º - Poderão ser servos(as) as pessoas leigas que:
a) Participaram de pelo menos uma Experiência de Oração ou Seminário de Vida no Espí-rito, que tenha freqüentado um Grupo de Crescimento e tenha participado de um encontro sobre DONS e SERVIÇOS;
b) Foram acompanhadas pelo coordenador do grupo ou pessoa por ele designado;
c) Participam assiduamente das Reuniões Gerais de seu grupo de oração;
d) Possuem testemunho de vida, com vida de oração e participação nos sacramentos;
e) Sejam perseverantes, dóceis, obedientes e fiéis à hierarquia da Igreja, bem como às autoridades constituídas na RCC.

SEÇÃO II - COMPETÊNCIA
Art. 111º - É de competência do servo(a):
a) Ser obediente ao Coordenador do Grupo de Oração e ao Pároco;
b) Procurar ser acompanhado espiritualmente por algum sacerdote ou religioso(a) ou leigo(a) preparado(a);
c) Participar ativamente dos abastecimentos semanais da sua equipe de serviço;
d) Participar da reunião semanal de seu Grupo de Oração;
e) Participar da Eucaristia segundo o que pede o coordenador do Grupo, guardando o preceito dominical;
f) Confessar-se regularmente.
g) Aprofundar seus conhecimentos através do estudo do Catecismo da Igreja Católica, Compêndio da Doutrina Social, demais documentos da Igreja Católica e livros de formação e espiritualidade católicas;
h) Participar de encontros, formações e retiros.
i) Refrear sempre sua língua, evitando fofocas e intrigas;
j) Usar sempre trajes condizentes com sua vocação à santidade;

Testemunho


Ao entrar no grupo de oração Angelus, não tinha o menor conhecimento de
que tipo de pessoas haviam lá, pois apenas tinha ciência de diversos
comentários de como era o grupo e de como ele era coordenado.

Recebi o convite de Marquinhos para
poder tocar teclado no grupo, pois Wesley estava estudando em Montes Claros e o
grupo tinha ficado sem tecladista.

Antes que eu tivesse participado da primeira reunião do grupo não ouvi
de ninguém que conheço parabéns ou qualquer coisa do tipo, pois o Angelus já era
afamado por ser um grupo fechado e com pessoas de um temperamento forte, tanto
fiquei cismado de participar do grupo,
por isso tinha dito para Thiago que eu estaria indo apenas para conhecer o
grupo, nada por definitivo, se eu não gostasse não ficaria.

Pois então acabou que por uma falta de entendimento do nosso coordenador,
já fui anunciado como novo tecladista do grupo, mas não foi por isso que eu
fiquei e estou até hoje. Foi por que fui cativado por um grupo de uma
espiritualidade sem igual e por pessoas que me acolheram de uma forma única que
nunca havia passado antes.

Apesar disso passei por tremendas situações no grupo, pois cheguei
participando de um ministério, contrariando a idéia de alguns do grupo pois eu
ainda não tinha a formação que o grupo pedia.

O grupo Angelus mudou minha vida principalmente quando fui apresentado
pessoalmente a Nossa Mãe Maria, pessoa essencial para minha permanência no
grupo, pois participava e participo ainda do grupo de adoração Renova Cristo
(REUNIÕES TODAS AS SEXTAS DEPOIS DA MISSA NA MATRIS DE SANTO ANTONIO) e estava
saturado de compromissos com ambos os grupos.

Uma reunião de sábado estava decidido em sair, não havia comentado com
ninguém nem no nosso ensaio, apenas iria tocar montar o teclado e dizer que não
tocaria com eles mais. Mas a presença de nossa senhora foi tão forte em mim que
ela me mandou um recado no qual todos do grupo deveriam abraçar e tomar para
si, ela me disse que não poderia sair pois não sou eu que precisava do grupo e
sim o grupo que precisava de mim.

O grupo Angelus não é somente um nome, são todos que dobram seus joelhos
aos sábados com o intuito de encontrar a Deus.

Mas não é somente a graça que encontrei neste grupo, encontrei pessoas
que eu não ia com a cara no começo que hoje são pessoas que já me abraçaram
quando eu precisava, pessoas que me escutavam quando queria partilhar, pessoas
que brincavam comigo quando eu queria fazer alguém sorrir mas além de todos
eles encontrei irmãos e irmãs que hoje fazem parte da minha e vida, e que
felizmente, NÃO SEI VIVER SEM ELES.

Obrigado ao Angelus por ter me melhorado cada vez mais na minha
caminhada pois através dele conheci pessoas sem igual e obrigado por vocês me
agüentarem até hoje, amo todos vocês incondicionalmente pois vocês são minha
prioridade com Deus.



Thales Almeida Borges (Gam)

quinta-feira, 18 de março de 2010

Formação - Como lutar contra os pecados


É grande orgulho não aceitar a própria miséria.
O tempo da Quaresma é uma ocasião especial para a luta contra o pecado, a pior realidade para o homem, para a Igreja e para o mundo. Mas essa luta exige sabedoria.

É preciso ter paciência consigo, especialmente nas quedas e nos pecados. Calma e paciência e nada de ficar pisoteando a própria alma, demonstrando um orgulho escondido e refinado de quem não aceita a própria fraqueza. Somos fracos mesmo. Por isso Jesus nos deixou o maravilhoso sacramento da confissão.

É grande orgulho não aceitar a própria miséria. Deus é paciente conosco, como, então, não teríamos paciência com nós mesmos? Até quando, meu Deus, aguentarei os meus pecados?

São Francisco de Sales ensinava: “Considerai os vossos defeitos com mais dó do que indignação, com mais humildade do que severidade, e conservai o coração cheio de um amor brando, sossegado e terno”.

Nunca podemos nos desesperar ou desanimar, mesmo que nossos pecados sejam numerosos. Não podemos permitir que, depois do pecado, entre o desespero em nosso coração. À mulher adúltera, Cristo perguntou: “Ninguém te condenou? Eu também não te condeno. Vá e não peques mais”.

Depois do pecado, o demônio do desespero corre para nos dizer: “Tua alma está morta, está perdida, não incomodes mais o Mestre...” (Mc 5, 35-43).

Nesta hora temos de dizer como Jó: “Ainda que o Senhor me tirasse a vida, ainda assim esperaria n'Ele”.

Apesar dos nossos pecados, Jesus nos ama com um amor infinito. Santa Terezinha garante que “quanto mais pobre e miserável é nossa alma, tanto mais apta está para as operações do Amor que consome e transforma”.

Talvez você seja uma mãe que chore por seu filho estar na perdição deste mundo; não se desespere, confie e espere no Senhor. A viúva de Naim não podia imaginar que Jesus fosse aparecer quando o seu filho já estava morto e o devolvesse vivo...

Dizia São Martinho de Tours que “a intervenção da Providência Divina é tanto mais certa quanto menos prováveis os recursos humanos”. Quando tudo falha... Deus age.

Santa Mônica rezou longos 20 anos pela conversão do seu querido Agostinho, mas teve a alegria de vê-lo um dia convertido, e muito mais: sacerdote, bispo, santo, doutor da Igreja, um dos homens mais importantes que o mundo já viu. Tudo porque ela não desanimou de rezar.

São Francisco de Sales dizia que “a Providência Divina demora o seu socorro para provocar nossa confiança”. Deus firma a nossa confiança provando-a. Não tem outro jeito. Portanto, não se aflija durante a boa prova da confiança. Seja corajoso. Os méritos serão muito maiores.

Santa Terezinha gostava de lembrar que “a nossa desconfiança é o que mais fere o Coração de Jesus”. Na mesma linha de pensamento, São Bernardo, o grande santo doutor, afirmava: “Possuireis todas as coisas sobre as quais se estender a vossa confiança. Se esperais muito de Deus, Ele fará muito por vós. Se esperais pouco, Ele fará pouco”.

Portanto, alma querida, confia muito, espera bastante, e não tenha receio de pedir muito; isso não é falsa humildade.

O autor da obra “A Imitação de Cristo” ensina que o “que o homem não pode emendar em si ou nos outros, deve sofrê-lo com paciência, até que Deus disponha de outro modo.”

Caiu? Levante-se! Peça a Deus o perdão. Perdoe a si mesmo e continue a caminhada. Não é porque perdemos uma batalha que vamos perder a guerra contra o pecado.

As tentações não nos afastam de Deus quando não cedemos a elas, mas nos aproximam ainda mais do Senhor. Muitos santos foram tentados horrivelmente. Sentir não é pecado, pecado é consentir. Enquanto você não for conivente com o erro, não pecou, mesmo que tenha de conviver com ele.

As tentações contra a pureza nos tornam mais castos quando as superamos; as tentações contra a ira nos tornam mais mansos; as tentações da gula nos tornam mais fortes na temperança. O combate contra a tentações nos fazem mais fortes e mais vigilantes.

Em meio à tentação parece que o inferno está contra nós; muitas vezes, vem o desânimo, o desejo de blasfemar, de desesperar, de se revoltar contra Deus... Calma, paciência, fé e abandono em Deus são necessários.

Santa Catarina de Sena, uma das três doutoras da Igreja, depois de uma fortíssima tentação, perguntou a Jesus: “Onde estavas, meu Jesus, durante esta tempestade?” E Jesus lhe respondeu: “No meio do teu coração.”

Muitos santos sofreram tentações de fé terríveis: Santa Terezinha, São Vicente, Santa Margarida. A esta última Jesus disse: “Serás perseguida pelo demônio, pelo mundo, e por ti mesma; as tuas três cruzes.”

Santa Terezinha, na luta contra as tentações da fé, dizia: “Pronunciei mais atos de fé no espaço de um ano do que em toda a minha vida passada.”

“A cada nova ocasião de combater quando o inimigo me quer provocar, procedo com valor. Como sei que o duelo é covardia, não enfrento o adversário, dou-lhe sempre as costas e corro, pressurosa para Jesus... É tão doce servir o bom Deus na noite na prova! Só temos esta vida para viver de fé” (idem).

Conhecemos bem a história do paralítico cujos bons amigos o fizeram chegar até Jesus, descendo-o pelo teto da casa; por isso, quando os pecados nos impedirem de chegar a Jesus, deixemos que os bons amigos, o sofrimento, o confessor e a confissão nos levem até Ele.

Talvez nem Santo Agostinho, nem Santa Maria Madalena, nem muitos outros santos se tivessem santificado se não tivessem caído. Foram grandes no pecado e grandes na santidade. Tiveram de tocar o chão duro para experimentar a misericórdia de Deus.

Nossas faltas fazem-nos conhecer experimentalmente e tocar com os dedos a nossa miséria e impotência e nos dá a humildade. As quedas nos ajudam a desprezar-nos e a confiar em Deus. São remédios contra o nosso orgulho, contra o amor-próprio, a presunção, etc. Por isso, ao cair, não podemos ficar pisoteando a alma, sem querer aceitar, por refinado orgulho, a própria queda, mas, ao contrário, dizer como ensina São Francisco de Sales: “Ó minha alma, pobre alma, levante, é grande a misericórdia de Deus”.

O grande santo também afirmava que “entre a Misericórdia e a miséria há uma ligação grande que uma não pode se exercer sem a outra.”

A nossa miséria nos confere um direito sagrado de confiar na Misericórdia. Ou me salvo, confiando na Misericórdia, ou me condeno desesperado, sem ela.

Não é à toa que Jesus mandou Santa Faustina escrever no quadro da Misericórdia: “Jesus, eu confio em Vós!”

Diante de Deus tem mais direito quem mais necessita. Entre muitos doentes, qual deles é atendido primeiro? É o mais enfermo. Foi para socorrer a nossa miséria que a Misericórdia baixou à terra.

Santo Agostinho dizia que até os nossos pecados contribuem para a nossa santificação quando os aproveitamos bem. Portanto, coragem e confiança, alma humana, que vive a cair!

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Formação: 'DEMONIOLOGIA'
Um Estudo Bíblico a Respeito de Demônios.

A Bíblia ensina que o diabo ainda anda nas sombras como um leão rugidor, um adversário que deve ser resistido (1 Pedro 5:8; Tiago 4:7). Mas o que a Bíblia ensina
a respeito de demônios e espíritos malignos? Devemos acreditar que os demônios ainda operam no nosso mundo? Um grau limitado de preocupação com a atividade dos demônios não é errado. Mas há uma quantia não saudável de curiosidade sobre os demônios que leva ao crescimento do satanismo. O que a Bíblia diz sobre os demônios e a sua atividade?

O que a Bíblia ensina sobre os demônios

u Há uma distinção entre o diabo e os demônios. A Bíblia chama os demônios de “espíritos malignos” (Lucas 8:2), e “espíritos imundos” (Lucas 8:29). Mateus chama Satanás de “maioral dos demônios” (Mateus 12:24). É razoável dizer que os demônios são os mensageiros do diabo, aqueles que foram enviados para cumprir o seu propósito. Mateus fala dos anjos do diabo (Mateus 25:41).

v Possessão por demônios e doenças físicas devem ser consideradas como categorias diferentes. Alguns hoje acreditam que todas as doenças físicas ou mentais sejam manifestações de possessão por demônios. Jesus discordaria. Note com cuidado que Jesus pôs a possessão por demônio na mesma lista que uma doença física ou mental, mas não foi dado aos demônios o crédito de originarem a doença (Mateus 4:23-24). Nem todo epilético ou paralítico sofria de possessão por demônios. É verdade que, às vezes, possessão causava os mesmos sintomas que essas doenças (Mateus 9:32-33; Marcos 5:1-5; Marcos 9:17-18). O fato de um homem ser mudo não quer dizer que ele esteja, necessariamente, possuído por demônios. E não devemos concluir que todas as pessoas insanas estejam possuídas por demônios.

w O poder de Jesus sobre os demônios indica que o reino de Deus já chegou. Há muita confusão em relação ao reino de Deus. Alguns acreditam que o reino ainda virá. Muitas falsas interpretações do livro de Apocalipse se centram num conceito futurista do reino de Deus. No termo “reino”, o pensamento principal é o reinado soberano de Deus. Jesus ensinou que seu poder para expelir os espíritos malignos mostrava às pessoas que o reinado de Deus estava sendo estabelecido no mundo e que o diabo estava sendo derrotado. “Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós” (Mateus 12:28). Esta é uma explicação possível do motivo de Deus permitir o diabo a usar seus mensageiros violentos para criar tal confusão durante o ministério de Jesus na terra. Deus estava demonstrando poderosamente o estabelecimento de sua soberania através de seu Filho.

x Nem todos que alegam ser exorcistas de demônios o são. Em Atos 19, Deus estava dando grande êxito ao apóstolo Paulo na expulsão de demônios. “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam” (Atos 19:11-12). Alguns exorcistas judeus utilizaram o nome de Jesus de uma maneira errada, tentando duplicar o que Paulo fazia. Eles presumiam que o poder de Paulo se encontrava na forma de suas palavras. Os demônios responderam: “Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?” (Atos 19:15). Os eventos seguintes são quase cômicos: o demônio se apoderou dos “exorcistas”! Jesus havia dado aos seus apostólos escolhidos e a alguns outros servos o poder de expelir demônios (Marcos 3:14-15; 9:38). Mas nem todos que alegavam ter poder sobre os demônios o tinham. Do exemplo em Atos 19, podemos concluir que até um espírito mal reconhece um fingido ao vê-lo. E nós, reconhecemos tais enganadores? Há muitas organizações religiosas, livros e rituais especiais utilizados hoje para supostamente expelir demônios. Há uma grande diferença no que as pessoas fazem hoje e o que Jesus e Paulo faziam. Jesus e Paulo não usavam rituais elaborados, nem fórmulas especiais. Se existiam pessoas, na época de Paulo, que alegavam ser exorcistas mesmo não sendo, não deve nos surpreender encontrar pessoas fazendo a mesma coisa hoje. A pergunta é se teremos discernimento para examinar as obras deles, ou se seremos levados, por falta de cautela, por seus espetáculos enganadores.

Perguntas práticas com respostas bíblicas

u Os espíritos maus ainda são ativos hoje?
Aqueles que responderiam pelo negativo talvez citariam duas passagens: 2 Pedro 2:4,9 (“Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo”) e Judas 6 (“e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia”). Então é possível que estes espíritos estivessem derrotados eternamente, aprisionados para sempre, deixados completa e finalmente inativos. Dois problemas nos fazem hesitar em chegar a esta conclusão. Primeiro, os contextos de ambas as passagens parecem retornar a uma época anterior ao tempo de Jesus – leia cuidadosamente 2 Pedro 1:1-10 e Judas 5. Em segundo lugar, se aquelas passagens estão falando do fim total do trabalho dos demônios, como estão presos e acorrentados, isso não deveria também ser verdade em relação às passagens a respeito do diabo? Apocalipse 20:1-3 parece mostrar que o diabo estava eternamente derrotado e abolido para sempre. Porém Apocalipse 20:7-8 e 1 Pedro 5:8 indicam que foi permitido que o seu trabalho continuasse em gerações posteriores.Por outro lado, Paulo instruiu os efésios a colocarem toda a armadura de Deus, porque as forças que enfrentavam eram poderes espirituais. “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6:11-12). Se o diabo ainda espreita como leão que ruge, um adversário que deve ser resistido, por que não devemos acreditar que os demônios podem também ainda trabalhar para ele? Não podemos afirmar que todos os anjos do diabo (mensageiros) foram rendidos inativos mais do que podemos alegar o mesmo do próprio diabo.

v Os demônios ainda podem possuir os homens hoje?
O apóstolo Paulo nos diz três coisas relevantes que ajudam para responder esta pergunta: (a) Deus nos deu a força necessária para derrotar completamente o diabo e seus aliados, “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis . . . embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno” (Efésios 6:13,16). (b) Não há nenhuma força, material ou espiritual, que pode nos separar do Senhor. “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8:38-39). (c) As tentações com que o Senhor permite que o diabo nos assalte podem ser suportadas pela palavra de Deus. “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1 Coríntios 10:13). Portanto, devemos resistir a idéia de que Deus ainda permite que Satanás utilize seus demônios para superar a vontade do homem, como ele fazia na época de Jesus.

w O diabo ainda pode nos vencer hoje?
Alguns que se tornam cristãos podem desenvolver um falso sentido de segurança. Podem achar que, uma vez que já vieram ao Senhor, o diabo não tem como atingi-los de maneira alguma. Esse é um pensamento errado. A Bíblia ensina que o homem não ser vencido pelo diabo depende de nós o resisitirmos. “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7). Se não resistirmos a Satanás, o Senhor nos assegura de que podemos nos tornar tão endurecidos e ingremados no pecado que não poderemos ser libertos dele. “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência” (1 Timóteo 4:1-2). Lembram de Judas? Ele roubou o dinheiro dos discípulos. Era um homem que não sabia controlar a sua ganância, então o diabo se aproveitou dessa fraqueza. “Durante a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse a Jesus…” (João 13:2). O diabo entrou em Judas e o controlou. E se nós falharmos em resisti-lo, ele nos controlará também.

Observação final
É aconselhável que os pais tomem cuidado em relação às amizades dos seus filhos e às coisas que estes assistem. Muitas vezes, há uma tendência à rebelião nos jovens. Podem exibir a sua rebelião se vestindo de maneira ofensiva ou se comportando de maneira estranha. Quando eles sabem que os seus pais têm respeito por Deus, às vezes sentirão tentados a investigar as coisas de Satanás. Podem ler alguma literatura e assistir coisas na televisão ou em filmes obterem alguns detalhes a respeito do louvor ao diabo e aos demônios. Com lojas acessíveis que vendem ídolos e acessórios para tais práticas, eles entram cada vez mais fundo, até o ponto de mal poderem ser resgatados.

Conclusão
A trás do louvor dos demônios sempre há uma atitude rebelde. Numa loja cheia de ídolos num bairro próximo, reparamos que praticamente todos os ídolos eram ligados a alguma forma de desejo carnal. Fosse ele a bebida, as drogas, o sexo ou a violência, estes deuses falsos dão permissão à pessoa que os louva de se fazer a sua própria vontade e satisfazer qualquer apetite carnal.
O Senhor avisou Israel, antes de entrarem na terra de Canaã, que resistissem os deuses daquelas terras: “Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o SENHOR, teu Deus” (Deuteronômio 18:10-13). Precisamos enfocar as nossas mentes, não nos espíritos carnais e demônios, que nos dão licença para fazer o que quisermos, mas sim no Espírito de Deus. “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.“ (Gálatas 5:22-23). Se seguirmos o Espírito de Deus, ele produzirá em nós coisas boas.

terça-feira, 16 de março de 2010

Formação - Catequese sobre o Sacramento da Confissão


Para viver uma boa confissão
Entenda um pouco mais sobre o sacramento da reconciliação.

1. O QUE É A CONFISSÃO?

Confissão ou Penitência é o Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, para que os cristãos possam ser perdoados de seus pecados e receberem a graça santificante. Também é chamado de sacramento da Reconciliação.



2. QUEM INSTITUIU O SACRAMENTO DA CONFISSÃO OU PENITÊNCIA?

O sacramento da Penitência foi instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo nos ensina o Evangelho de São João: "Depois dessas palavras (Jesus) soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem vocês perdoarem os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 22-23).





3. A IGREJA TEM A AUTORIDADE PARA PERDOAR OS PECADOS ATRAVÉS DO SACRAMENTO DA PENITÊNCIA?

Sim, a Igreja tem esta autoridade porque a recebeu de Nosso Senhor Jesus Cristo: "Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu" (Mt 18,18).



4. POR QUE ME CONFESSAR E PEDIR O PERDÃO PARA UM HOMEM IGUAL A MIM?

Só Deus perdoa os pecados. O Padre, mesmo sendo um homem sujeito às fraquezas como outros homens, está ali em nome de Deus e da Igreja para absolver os pecados. Ele é o ministro do perdão, isto é, o intermediário ou instrumento do perdão de Deus, como os pais são instrumentos de Deus para transmitir a vida a seus filhos; e como o médico é um instrumento para restituir a saúde física, etc.



5. OS PADRES E BISPOS TAMBÉM SE CONFESSAM?

Sim, obedientes aos ensinamentos de Cristo e da Igreja, todos os Padres, Bispos e mesmo o Papa se confessam com frequência, conforme o mandamento: "Confessai os vossos pecados uns aos outros" (Tg 5,16 ).



6. O QUE É NECESSÁRIO PARA FAZER UMA BOA CONFISSÃO?

Para se fazer uma boa confissão são necessárias 5 condições:

a) um bom e honesto exame de consciência diante de Deus;

b) arrependimento sincero por ter ofendido a Deus e ao próximo;

c) firme propósito diante de Deus de não pecar mais, mudar de vida, se converter;

d) confissão objetiva e clara a um sacerdote;

e) cumprir a penitência que o padre nos indicar.



7. COMO DEVE SER A CONFISSÃO?

Diga o tempo transcorrido desde a última confissão. Acuse (diga) seus pecados com clareza, primeiro os mais graves, depois os mais leves. Fale resumidamente, mas sem omitir o necessário. Devemos confessar os nossos pecados e não os dos outros. Porém, se participamos ou facilitamos de alguma forma o pecado alheio, também cometemos um pecado e devemos confessá-lo (por exemplo, se aconselhamos ou facilitamos alguém a praticar um aborto, somos tão culpados como quem cometeu o aborto).



8. O QUE PENSAR DA CONFISSÃO FEITA SEM ARREPENDIMENTO OU SEM PROPÓSITO DE CONVERSÃO, OU SEJA, SÓ PARA "DESCARREGAR" UM POUCO OS PECADOS?

Além de ser uma confissão totalmente sem valor, é uma grave ofensa à Misericórdia Divina. Quem a pratica comete um pecado grave de sacrilégio.



9. QUE PECADOS SOMOS OBRIGADOS A CONFESSAR?

Somos obrigados a confessar todos os pecados graves (mortais). Mas é aconselhável também confessar os pecados leves (veniais) para exercitar a virtude da humildade.



10. O QUE SÃO PECADOS GRAVES (MORTAIS) E SUAS CONSEQUÊNCIAS?

São ofensas graves a Deus ou ao próximo. Eles apagam a caridade no coração do homem e o desviam de Deus. Quem morre em pecado grave (mortal) sem arrependimento, merece a morte eterna, conforme diz a Escritura: "Há pecado que leva à morte" (1Jo 5,16b).



11. O QUE SÃO PECADOS LEVES (ou também chamados de VENIAIS)?

São ofensas leves a Deus e ao próximo. Embora ofendam a Deus, não destroem a amizade entre Ele e o homem. Quem morre em pecado leve não merece a morte eterna. "Toda iniquidade é pecado, mas há pecado que não leva à morte" (1Jo 5, 17).



12. PODEIS DAR ALGUNS EXEMPLOS DE PECADOS GRAVES?

São pecados graves, por exemplo: O assassinato, o aborto provocado, assistir ou ler material pornográfico, destruir de forma grave e injusta a reputação do próximo, oprimir o pobre, o órfão ou a viúva, fazer mau uso do dinheiro público, o adultério, a fornicação, entre outros.



13. QUER DIZER QUE TODO AQUELE QUE MORRE EM PECADO MORTAL ESTÁ CONDENADO?

Merece a condenação eterna. Porém, somente Deus, que é justo e misericordioso e que conhece o coração de cada pessoa, pode julgar.



14. E SE TENHO DÚVIDAS SE COMETI PECADO GRAVE OU NÃO?

Para que haja pecado grave (mortal) é necessário:

a) conhecimento, ou seja, a pessoa deve saber, estar informada que o ato a ser praticado é pecado;

b) consentimento, ou seja, a pessoa tem tempo para refletir, e escolhe (consente) cometer o pecado;

c) liberdade, isto é, significa que somente comete pecado quem é livre para fazê-lo;

d) matéria, ou seja, significa que o ato a ser praticado é uma ofensa grave aos Mandamentos de Deus e da Igreja.

Estas 4 condições também são aplicáveis aos pecados leves, com a diferença que neste caso a matéria é uma ofensa leve contra os Mandamentos de Deus.

15. SE ESQUECI DE CONFESSAR UM PECADO QUE JULGO GRAVE?

Se esquecestes realmente, o Senhor te perdoou, mas é preciso acusá-lo ao sacerdote em uma próxima confissão.



16. E SE NÃO SINTO REMORSO, COMETI PECADO?

Não sentir peso na consciência (remorso) não significa que não tenhamos pecado. Se nós cometemos livremente uma falta contra um Mandamento de Deus, de forma deliberada, nós cometemos um pecado. A falta de remorso pode ser um sinal de um coração duro, ou de uma consciência pouco educada para as coisas espirituais (por exemplo, um assassino pode não ter remorso por ter feito um crime, mas seu pecado é muito grave).



17. A CONFISSÃO É OBRIGATÓRIA?

O católico deve confessar-se no mínimo uma vez por ano, ao menos a fim de se preparar para a Páscoa. Mas somos também obrigados toda vez que cometemos um pecado mortal.



18. QUAIS OS FRUTOS DE SE CONFESSAR CONSTANTEMENTE?

Toda confissão apaga completamente nossos pecados, até mesmo aqueles que tenhamos esquecido. E nos dá a graça santificante, tornando-nos naquele instante uma pessoa santa. Tranquilidade de consciência, consolo espiritual. Aumenta nossos méritos diante do Criador. Diminui a influência do demônio em nossa vida. Faz criar gosto pelas coisas do alto. Exercita-nos na humildade e nos faz crescer em todas as virtudes.





19. E SE TENHO DIFICULDADE PARA CONFESSAR UM DETERMINADO PECADO?

Se somos conhecidos de nosso pároco, devemos neste caso fazer a confissão com outro padre para nos sentirmos mais à vontade. Em todo caso, antes de se confessar converse com o sacerdote sobre a sua dificuldade. Ele usará de caridade para que a sua confissão seja válida sem lhe causar constrangimentos. Lembre-se: ele está no lugar de Jesus Cristo!



20. O QUE SIGNIFICA A PENITÊNCIA DADA NO FINAL DA CONFISSÃO?

A penitência proposta no fim da confissão não é um castigo; mas antes uma expressão de alegria pelo perdão celebrado.



Padre Wagner Augusto Portugal

segunda-feira, 15 de março de 2010

A importância do jejum


Essa prática deve ser acompanhada de mudança de vida
A Igreja chama o jejum, a esmola e a oração de “remédios contra o pecado”; pois cada uma dessas atividades, a seu modo, nos ajudam a vencer o maior mal deste mundo, o pecado. A oração nos fortalece em Deus; a esmola (obras de caridade) “cobre uma multidão de pecados”; e o jejum fortalece o nosso espírito contra as tentações da carne e do espírito e nos liberta e abre para os valores superiores da alma.

“Ordenai um jejum” (cf. Jl. 1, 14). São as palavras que ouvimos na primeira leitura da Quarta-feira de Cinzas, quando começa a Quaresma. O jejum no tempo quaresmal é também a expressão da nossa solidariedade com Cristo, preso, torturado, flagelado, coroado de espinhos, condenado à morte, crucificado e morto.

Ao jejuar devemos concentrar-nos não só na prática da abstenção do alimento ou das bebidas, mas no significado mais profundo desta prática. O alimento e as bebidas são indispensáveis para o homem viver, disso se serve e deve servir-se, mas não lhe é lícito abusar, seja da forma que for. O jejum tem como finalidade nos levar a um equilíbrio necessário e ao desprendimento daquilo que podemos chamar de “atitude consumística”, característica da nossa civilização.

O homem orientado para os bens materiais, muitas vezes, abusa deles. Hoje, busca-se, acima de tudo, a satisfação dos sentidos, a excitação que disso deriva, o prazer momentâneo e a multiplicidade cada vez maior de sensações. E isso acaba gerando um vazio no coração do homem moderno; pois sem Deus ele não pode se satisfazer. O barulho do mundo e o prazer das criaturas não conseguem preencher o seu coração.

A criança hoje (e também muitos adultos) vive de sensações, procura sensações sempre novas... E torna-se assim, sem se dar conta, escrava desta paixão atual; a vontade fica presa ao hábito, a que não sabe se opor.

O jejum nos ajuda a aprender a renunciar a alguma coisa. Ele nos faz capazes de dizer “não” a nós mesmos, e nos abre aos valores mais nobres de nossa alma: a espiritualidade, a reflexão, a vontade consciente. Essa prática nos coloca de pé e de cabeça para cima. Há muitos que caminham de cabeça para baixo; isso acontece quando o corpo comanda o espírito e o esmaga. É o prazer do corpo que o comanda e não a vontade do espírito.

É preciso entender que a renúncia às sensações, aos estímulos, aos prazeres e ainda ao alimento ou às bebidas, não é um fim em si mesmo, mas apenas um “meio” que deve apenas preparar o caminho para conquistas mais profundas. A renúncia do alimento deve servir para criar em nós condições para podermos viver os valores superiores. Por isso o jejum não pode ser algo triste, enfadonho, mas uma atividade feliz que nos liberta.

Os Padres da Igreja davam grande valor ao jejum. Diz, por exemplo, São Pedro Crisólogo (†451): “O jejum é paz do corpo, força dos espíritos e vigor das almas” e ainda: “O jejum é o leme da vida humana e governa todo o navio do nosso corpo” (Sermão VII: sobre o jejum, 3.1).

Santo Ambrósio (†397) diz: “A tua carne está-te sujeita (...): Não sigas as solicitações ilícitas, mas refreia-as algum tanto, mesmo no que diz respeito às coisas lícitas. De fato, quem não se abstém de nenhuma das coisas lícitas, está também perto das ilícitas» (Sermão sobre a utilidade do jejum, III. V. VII). Até escritores que não pertencem ao Cristianismo declaram a mesma verdade. Esta é de alcance universal. Faz parte da sabedoria universal da vida.

O Mahatma Gandhi dizia:

“O jejum é a oração mais dolorosa e também a mais sincera”. “Cada jejum é a oração intensa, purificação do pensamento, impulso da alma para a vida divina, a fim de nela se perder”. “O jejum é para a alma o que os olhos são para o corpo”. (Toschi, Tomas – Gandhi mensagem para hoje, Editora mundo 3, pag. 97, SP, 1977).

O jejum confere à oração maior eficácia. Por ele o homem descobre, de fato, que é mais “senhor de si mesmo” e que se tornou interiormente livre. E se dá conta de que a conversão e o encontro com Deus, por meio da oração, frutificam nele.

Assim, essa atividade não é algo que sobrou de uma prática religiosa dos séculos passados, mas é também indispensável ao homem de hoje, aos cristãos do nosso tempo.

A Bíblia recomenda muito o jejum, tanto o Antigo como o Novo Testamento; Jesus o realizou por quarenta dias no deserto antes de enfrentar o demônio e começar a vida pública; e muito o recomendou. “Quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de jejum” (Mt 17,20).

“Boa coisa é a oração acompanhada de jejum, e a esmola é preferível aos tesouros de ouro escondidos” (Tb 12,8).

O nosso jejum deve ser acompanhado de mudança de vida, de conversão, de arrependimento dos pecados e volta para Deus. O profeta Isaías chamava a atenção do povo para isso:

"De que serve jejuar, se com isso não vos importais? E mortificar-nos, se nisso não prestais atenção? É que no dia de vosso jejum, só cuidais de vossos negócios, e oprimis todos os vossos operários”. Passais vosso jejum em disputas e altercações, ferindo com o punho o pobre. Não é jejuando assim que fareis chegar lá em cima vossa voz. O jejum que me agrada porventura consiste em o homem mortificar-se por um dia? Curvar a cabeça como um junco, deitar sobre o saco e a cinza? Podeis chamar isso um jejum, um dia agradável ao Senhor? Sabeis qual é o jejum que eu aprecio? - diz o Senhor Deus: É romper as cadeias injustas, desatar as cordas do jugo, mandar embora livres os oprimidos, e quebrar toda espécie de jugo" (Is 58,3-6).

Cada um de nós tem a própria individualidade; por isso, cada um deve realizar a forma de jejum que mais lhe seja adequada. Este livro prático do monsenhor Jonas Abib, sobre o jejum, ajudará você a buscar a forma correta de viver esta prática espiritual tão importante.

quinta-feira, 11 de março de 2010

O pecado da soberba


Um amor desordenado por si mesmo.
Esse mal constitui um desvio daquilo que é belo em nós e nos outros, uma corrupção que nega a Deus como primeiro princípio e último fim de tudo.

Quando o homem se esquece de que Deus é Autor e o princípio dos dons, surge evidentemente uma desordem, pois, a pessoa não busca mais honrar ao Senhor, mas a si própria. É uma espécie de idolatria, um amor desordenado por si mesmo. Não existe mais dependência de Deus; a pessoa passa a ser cativa do seu próprio pecado.

Por essa razão, a soberba produz uma esterilidade que se torna fonte de numerosos pecados.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Formação - Deus nos ensina a amar o fracassado


A parábola do filho pródigo resume a história da salvação
No Santo Evangelho, narrado segundo São Lucas capítulo 15, vemos que o amor do Pai é o fundamento da atitude de Jesus diante dos homens. Respondendo à crítica daqueles que se consideram justos, cheios de mérito e se escandalizam com a solidariedade para com os pecadores, Jesus narra três parábolas. Refletindo sobre a terceira parábola lucana, vemos que ela tem dois aspectos: o processo de conversão do pecador e o problema do “justo” que resiste ao amor do Pai.

Popularmente, nós a conhecemos como "A parábola do filho pródigo". Ela nos ensina a destacar a conversão na iniciativa de Deus. Em Sua Misericórdia, Ele prepara e aceita os primeiros sintomas de arrependimento. Como sempre, o Senhor está de mãos estendidas para nós. Quase nos toca, só falta um pequeno gesto nosso para que Ele nos abrace carinhosamente em Seu amor. Seu perdão é completo e sem reprovações. O Reino de Deus exulta de alegria quando um pecador é convertido.

Essa parábola [do filho pródigo] resume a história da salvação e constitui também uma síntese da história pessoal de cada um de nós. O filho mais novo se emancipa, fracassa e retorna. Da parte do pai é uma questão de amor e paciência. Da parte do filho é todo um processo psicológico de ida e volta, de fuga e retorno. Esse filho reflete uma situação comum na nossa humanidade: a imagem do homem pecador que se afasta de Deus e, depois, volta para Ele.

A saga do filho pródigo é uma história muito bonita, que mostra a grandiosidade de Deus e Seu infinito e misericordioso amor, e a nossa fragilidade, miséria e pecado.

O filho mais novo reconhece seus erros e volta, arrependido, esperando o menos, ou seja, que o seu pai o aceite como empregado. É motivo de festa para o genitor.

Mas essa história nos alerta para um erro oposto: o farisaísmo. Muitas vezes, estamos mais perto de Deus do que outros irmãos, mas, mesmo assim, o nosso egoísmo nos afasta d'Ele. Achamos que merecemos mais, que somos melhores do que os outros. O filho mais velho é também pecador, considera-se perfeito e se revolta pela festa que o pai faz para o mais novo.

O pai sai ao encontro de ambos, um muda de vida e é justificado, o outro fecha-se em sua soberba e egoísmo. Mas este também é filho e também é amado. Como disse o pai: “Tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu”.

É tempo de conversão. Mas não somente para aqueles que se afastaram de Deus e retornam. É preciso haver conversão, com a mesma intensidade, entre os que se consideram muito bons e até melhores do que o comum das pessoas. Assim somos convidados nestes dias, que nos antecedem a celebração da Páscoa do Ressuscitado, para procurarmos um confessionário e fazer uma boa confissão auricular, individual, acusando nossos pecados e pedindo a Misericórdia de Deus pela absolvição sacramental de um sacerdote.

A conversão, que é preparada por Deus, mas que exige a nossa atuação, é um processo lapidador, que vai nos tornando sempre melhores do que éramos, mas nunca melhores do que nossos irmãos.

Se todos e cada um de nós nos déssemos as mãos, não haveria – como para o Pai celeste não há - melhores, nem piores. Haveria, sim, uma multidão que quer se salvar, salvando o mundo. Sozinhos, nada somos. Juntos, unidos, despidos de egoísmo, seremos os construtores de um mundo melhor, mais fraterno, cheio de alegria, felicidade e paz. Em suma, plenos de Deus.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Deus não quer o mal, mas se o permite é por um bem maior, diz Papa


No Angelus deste domingo, 7, o Papa Bento XVI convidou os fiéis presentes na praça São Pedro, no Vaticano, a refletirem sobre os sofrimentos que acontecem em nossas vidas, e explicou que não trata-se de uma punição divina. "As desventuras, os acontecimentos funestos não devem ser para nós motivo de curiosidade ou de busca dos culpados, mas sim uma ocasião para refletir, para vencer a ilusão de poder viver sem Deus e para reforçar, com a ajuda do Senhor, nosso empenho em mudar de vida”, disse.

Refletindo sobre a liturgia deste domingo, o Papa destaca que, “perante a apressada conclusão de considerar o mal como efeito da punição divina, Jesus restitui a verdadeira imagem de Deus que é bom e não pode querer o mal, advertindo sobre a tendência a pensar que as desgraças são o efeito imediato de culpas daqueles a quem acontecem”.

“Diante de sofrimentos e de lutos, a autêntica sabedoria é deixar-se interpelar pela precariedade da existência e ler a história humana com os olhos de Deus, o qual, querendo sempre e exclusivamente o bem de seus filhos – por um desígnio insondável do seu amor – certas vezes permite que sejam provados pela dor, para conduzi-los a um bem maior”.

O Papa assegurou aos fiéis que “diante do pecado, Deus se revela misericordioso e não cessa de chamar de novo os pecadores a evitarem o mal, a crescerem em seu amor e a ajudarem concretamente o pobre desamparado, para viver a alegria da graça e não ir ao encontro da morte eterna. Mas a possibilidade de conversão exige que aprendamos a ler os fatos da vida na perspectiva da fé, isto é, animados pelo santo temor de Deus"

Como todos os domingos, o Papa fez saudações em várias línguas. Em português, disse: “Saúdo cordialmente a todos os peregrinos de língua portuguesa, de modo particular aos fiéis paroquianos de Santo António de Nova Oeiras, no Patriarcado de Lisboa, desejando que esta vinda a Roma vos confirme na fé e na necessidade de a transmitir aos outros, porque é dando a fé que ela se fortalece. A Santíssima Virgem guie maternalmente os vossos passos. Acompanho estes votos, com a minha Bênção Apostólica”.

Em francês, Bento XVI expressou seu pesar pela morte e a destruição causadas pela passagem da tempestade Xynthia na costa atlântica da França, que nos últimos dias, provocou 53 vítimas.

Enfim, o Papa desejou a todos um ‘bom domingo’, e concedeu aos presentes, ouvintes e telespectadores a sua benção apostólica.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Arquivo Formativo


Maçonaria: o que diz a Igreja?

Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé
26/11/1983
Declaração de 26 de novembro de 1983 do cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (v. L\\\'Osservatore Romano de 26/11/83):

Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maçonaria, pelo fato de que no novo Código de Direito Canônico ela não vem expressamente mencionada como no Código anterior.

Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redacional seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas.

Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar´se da Sagrada Comunhão.

Não corresponde às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem´se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique derrogação de quanto acima estabelecido e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, p.240´241).

O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, e ordenou a sua publicação.

Joseph Card. Ratzinger

Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé
19/7/1974
Da carta de 19 de julho de 1974, do cardeal Seper, prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (v. Boletim Semanal da CNBB nº 230, de 23/8/74):

"Durante o longo exame da questão, a Santa Sé consultou diversas vezes as Conferências Episcopais interessadas de modo particular pelo assunto, a fim de tomar conhecimento mais acurado tanto da natureza e da atuação da Maçonaria em nossos dias quanto do pensamento dos Bispos a esse respeito.

A grande divergência de respostas, pela qual transparecem as situações diferentes de cada nação, não permitiu à Santa Sé mudar a legislação vigente, a qual por isso continua em vigor, até que nova lei canônica seja publicada pela competente Comissão Pontifícia para a revisão do Direito Canônico.

No entanto, no exame dos casos particulares, é necessária levar em consideração que a lei penal está sujeita a interpretação estrita. Por conseguinte, pode-se ensinar e aplicar, com segurança, a opinião daqueles autores segundo os quais o cânon 2335 se refere unicamente aos católicos que dão o nome às associações que de fato conspiram contra a Igreja.

Em qualquer situação, porém, continua firme a proibição aos clérigos, aos Religiosos e aos membros dos Institutos Seculares, de darem o nome a quaisquer associações maçônicas."

Card. Seper

Declaração sobre a maçonaria
17/2/1981
Da declaração de 17 de fevereiro de 1981 do cardeal Seper, prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (v. L\\\'Osservatore Romano, edição em português, de 8/3/81):

Dado que a citada carta [de 19/7/1974], tornada de domínio público, deu margem a interpretações errôneas e tendenciosas, esta Congregação, sem querer prejudicar as eventuais disposições do novo Código, confirma e precisa quanto segue:

1. Não foi modificada de algum modo a disciplina canônica, que permanece em todo o seu vigor;

2. Não foi, portanto, ab-rogada a excomunhão nem as outras penas canônicas previstas;

3. Quanto na citada carta se refere à interpretação a ser dada ao cânon em questão, deve ser entendido, como intencionava a Congregação, só como um apelo aos princípios gerais da interpretação das leis penais para a solução dos casos de cada pessoa, que podem ser submetidos ao juízo dos Ordinários. Não era, pelo contrário, intenção da Congregação confiar às Conferências Episcopais a pronunciar´se publicamente com um juízo de caráter geral sobre a natureza das associações maçônicas que implique derrogação das mencionadas normas.

Card. Seper

Declaração sobre a maçonaria
26.11.1983
Declaração de 26 de novembro de 1983 do cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (v. L\\\'Osservatore Romano de 26/11/83):

Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maçonaria, pelo fato de que no novo Código de Direito Canônico ela não vem expressamente mencionada como no Código anterior.

Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redacional seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas.

Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.

Não corresponde às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique derrogação de quanto acima estabelecido e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, p. 240-241).

O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, e ordenou a sua publicação.

Joseph Card. Ratzinger

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CARTA DE PIO IX A DOM FREI VITAL SOBRE A MAÇONARIA

Venerável Irmão, Saúde e Bênção Apostólica.
Conquanto exacerbasse nossas mágoas o que nos expusestes acerca do vírus maçônico por aí de tal sorte derramado, que até as próprias irmandades religiosas tem invadido e algumas delas corrompido completamente; não podemos deixar de louvar a confiança com que depositastes em nosso coração a dor pungente que por este motivo sentis, bem como o zelo com que vos empenhastes e ainda vos empenhais em obviar a tão grande mal. É essa peste antiga, que a seu tempo já foi profligada pela Igreja e denunciada, ainda que sem fruto algum, aos povos e aos seus imperantes, que por causa dela corriam perigo. Já desde o ano de 1728, Clemente XII, de veneranda memória, lastimou em sua Encíclica In Eminenti, de 28 de Abril, “progredissem por toda parte algumas sociedades, vulgarmente chamadas ‘dos maçons’, nas quais homens de todas as religiões e seitas, contentando-se com fementida aparência de honestidade, coligam-se em estreita e impérvia aliança” devendo-se empregar toda a vigilância “para que semelhante gente, como fazem os ladrões, não arrombe as portas da casa, e à maneira das raposas, não tente estragar as vinhas”, proibiu tais conventículos, qualquer que fosse o seu nome, mandando a todo e qualquer fiel deles se afastasse, sob pena de excomunhão incurrenda ipso jacto, sem mais declaração alguma, da qual não possa ser absolvido senão pelo Romano Pontífice, salvo em artigo de morte.

Essa Constituição Bento XIV, seu sucessor, depois inseriu-a e mais amplamente explicou-a em sua Encíclica Provida, de 16 de Março de 1751, confirmando as penas e decretos estatuídos pelo seu predecessor. Não obstante, essa ímpia sociedade, dividida em várias seitas, diversamente denominadas, unidas porém pela mesma idéia e pela mesma iníqua maldade, foi sempre crescendo ocultamente até que, largamente propagada, e sobremodo aumentadas as suas forças, rebentando de seus antros, pôde patentear-se e mostrar aos homens assisados com quanta razão fora condenada pelos atalaias de Israel.

Tornou-se, pois, patente, pelos seus catecismos, suas constituições e suas obras que é propósito seu acabar com a Religião Católica, e por isso mover guerra à Cátedra Apostólica, centro da unidade; derrubar toda a autoridade humana, constituir o homem autônomo, independente de qualquer lei, desligando-o de todo vínculo de família e unicamente escravo das suas paixões. Bem revelaram este satânico espírito da seita as truculentas revoluções da França que, no fim do século passado, abalaram o mundo inteiro e manifestaram como inevitável a completa dissolução da sociedade humana, se não fossem enfraquecidas as forças dessa tão ímpia seita.

Pelo que Pio VII, de santa memória, com a sua Encíclica Ecclesiam, expedida a 13 de Setembro de 1821, não só tornou evidente aos olhos de todos a índole, a malícia, o perigo de tais sociedades, como até reiterou, e com maior gravidade, a condenação e as penas espirituais, contra os seus membros, cominadas pelos seus antecessores. Tudo isto foi depois confirmado, já por Leão XII, de feliz memória, em suas Letras Apostólicas Quo Graviora de 13 de Março de 1826, já por Nós mesmo na Encíclica Qni pluribus de 9 de Novembro de 1846.

Portanto, depois de tão repetidos decretos da Igreja, munidos de gravíssimas sanções, depois de manifestados os atos dessas ímpias sociedades, os quais revelaram os verdadeiros intentos das mesmas, depois das desordens, calamidades e inúmeras carnificinas perpetradas por elas em toda parte e de que insolente e impudentemente se gloriam em escritos públicos; por certo que nenhuma desculpa pareceria aproveitar àqueles que lhe são filiados.

Todavia, considerando Nós que estas malvadas seitas não revelam seus mistérios senão àqueles que, por sua impiedade, se mostram aptos e capazes de recebê-los, exigindo, em conseqüência, de seus adeptos, severíssimo juramento, pelo qual eles prometam nunca e em caso algum descobrir, aos não-filiados à sociedade, coisa alguma concernente a ela, e assim também comunicar aos que estão nos graus inferiores aquilo que pertence aos graus superiores; acobertando-se a cada passo com a capa da beneficência e auxílio mútuo, e podendo assim facilmente iludir os incautos e inespertos com aparência de fingida honestidade; pensamos que se deve achar um modo de usar misericórdia com esses filhos pródigos, cuja ruína deplorais, Venerável Irmão, a fim de que, atraídos por essa brandura, deixem os seus péssimos caminhos e volvam ao grêmio da Santa Madre Igreja, da qual vivem separados.

Portanto, lembrando-nos que nós fazemos as vezes daquele que não veio chamar os justos senão os pecadores, julgamos dever seguir os passos de nosso já citado Predecessor Leão XII, e por isso suspendemos, por espaço de um ano, depois que forem conhecidas estas Nossas Letras, a reservação das censuras em que incorreram os que deram o seu nome a estas seitas, podendo ser absolvidos por qualquer confessor, aprovado pelo Ordinário do lugar em que se acham. Mas se este remédio de clemência não servir para afastar os culpados de seu nefando propósito e retraí-los de seu gravíssimo crime, é nossa vontade que, passado o referido prazo de um ano, imediatamente reviva a reservação das censuras que por Nossa Autoridade Apostólica de novo confirmamos; e formalmente declaramos que nenhum, absolutamente, dos adeptos dessas sociedades fique imune dessas penas espirituais, sob qualquer pretexto, quer de sua boa fé, quer da extrínseca aparência de probidade que as referidas seitas soem ostentar. Por conseguinte ficam todos no mesmo perigo de eterna condenação enquanto a elas aderirem.

Além disso, vos concedemos pleno poder para procederdes com a severidade das leis canônicas contra aquelas irmandades que por essa impiedade tão torpemente viciaram a sua índole, dissolvendo-as completamente e criando outras que correspondam ao fim de sua primitiva instituição. Praza a Deus que a consideração da perversidade das seitas, nas quais não coram de inscrever-se tantos homens que se arrogam o nome de cristãos, a lembrança dos anátemas com que repetidas vezes foram feridas pela Igreja; a notícia da clemência desta Santa Sé para com os enganados, chegando por meio destas Letras aos ouvidos das ovelhas tresmalhadas, reconduza-as ao caminho da salvação, evite a ruína de tantas almas e vos poupe a necessidade de usar de rigor. É o que nós, com fervorosas preces, pedimos a Deus; é o que ardentemente desejamos ao vosso zelo pastoral; é o que rogamos a todos esses nossos filhos iludidos.

E porque os mesmos votos estendemos a todas as demais dioceses desse Império, onde grassam os mesmos males, desejamos comuniqueis estas letras aos vossos Veneráveis Irmãos, a fim de que cada um deles entenda ser dito a si e a seu povo tudo quanto ora vos escrevemos. E ao mesmo tempo que rogamos à Divina Clemência digne-se favorecer os nossos desejos e solicitudes, como presságio do auxílio divino e de todos os dons celestes, e juntamente em penhor de Nossa Benevolência, vos lançamos com toda efusão de nosso amor a vós, Veneráveis Irmãos, e a toda vossa diocese, a Bênção Apostólica.

Dada em Roma, junto a São Pedro, aos 29 de Maio de 1873, 28º ano de nosso Pontificado.

PAPA PIO IX

PARECER DA IGREJA CATÓLICA QUANTO A UM FIEL PERTENCER À MAÇONARIA


DOM LÉLIS LARA
Coronel Fabriciano, 21 de novembro de 2004.

Prezados leitores:

Tenho recebido muitas consultas sobre Maçonaria, por exemplo, se um católico pode se inscrever na Maçonaria, se um maçom pode comungar e outras.
Achei oportuno escrever este artigo sobre a matéria, imaginando que muitas pessoas também tenham as mesmas dúvidas e queiram se esclarecer. Para muitos a Maçonaria é uma entidade filantrópica, semelhante a um clube de serviço como Rotary e o Lions. Para esses poderia parecer implicância da Igreja Católica vetar aos seus fiéis o ingresso na Maçonaria.
Na realidade a Maçonaria não é mera entidade filantrópica. Ela se apresenta também como instituição com princípios filosófico-religiosos.
Por diversas vezes, ao longo dos séculos, a Igreja católica condenou a maçonaria.. Nunca ficaram muito claras as razões aduzidas para essas condenações. Podemos talvez dizer que a Igreja condenava a Maçonaria por ser sociedade suspeita de heresia e de maquinar contra os poderes instituídos e contra a própria Igreja.
Com essa última conotação foi introduzida no antigo Código de Direito Canônico uma pena de excomunhão para os que ingressarem na Maçonaria.
Ficou claro para a igreja hoje que a Maçonaria é uma entidade com princípios filosófico-religiosos inconciliáveis com a doutrina cristã. Já não se considera o aspecto de “maquinação contra a igreja “. O novo Código de Direito Canônico não faz nenhuma referência à Maçonaria.
O Episcopado alemão, após seis anos de estudos, concluiu pela inconciliabilidade entre a igreja Católica e Maçonaria, pelos seguintes motivos:

a) o relativismo e o subjetivismo são convicções fundamentais na visão que os maçons têm do mundo;

b) o conceito maçônico da verdade nega a possibilidade de um conhecimento objetivo da verdade;

e) o conceito maçônico da religião é relativista: todas as religiões seriam tentativas, entre si competitivas, de anunciar a verdade divina, a qual, em última análise, seria inatingível. Tal conceito de religião implica uma visão relativista, que não pode conciliar-se com a convicção cristã; o conceito maçônico de Deus (Grande Arquiteto do Universo) é uma concepção marcadamente deísta: um “ser” neutro, indefinido e aberto a toda compreensão possível e impessoal, minando o conceito de Deus dos católicos e da resposta ao Deus que os interpela como Pai e Senhor;

e) a visão maçônica de Deus não permite pensar numa revelação de Deus, como se dá na fé e na tradição de todos os cristãos;

f) a idéia maçônica de tolerância deriva de seu relativismo com relação à verdade. Semelhante conceito abala a atitude do católico na sua fidelidade à fé e no reconhecimento do magistério da Igreja;

g) a prática ritual maçônica manifesta, nas palavras e nos símbolos, um caráter semelhante ao dos sacramentos, como se, sob aquelas atividades simbólicas, se produzisse algo que objetivamente transformasse o homem;

h) o conceito maçônico acerca do aperfeiçoamento ético do homem é absolutizado e de tal modo desligado da graça divina, que já não resta espaço algum para a justificação do homem, segundo o conceito cristão;

i) a espiritualidade maçônica pede a seus adeptos uma tal e exclusiva adesão para a vida e para a morte, que já não deixa lugar à ação específica e santificadora da igreja. Esta fica, de fato, sobrando.

No dia 26 de novembro de 1983, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, deu uma declaração, reafirmando o “parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas “. Quem der o seu nome à Maçonaria, diz a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, está em pecado mortal. “Teria sido mais exato dizer que pratica uma transgressão objetivamente grave”
(Pe. Jesús Hortal, Nota ao cân. 1.374 do Código de Direito Canônico).
Outras denominações cristãs aos poucos vão chegando à mesma conclusão que
a Igreja Católica. Entre outros, citamos a igreja Anglicana da inglaterra, a Igreja Metodista da Inglaterra, a Igreja Presbiteriana da Escócia, a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.
Como devemos agir na prática pastoral?
Parece-me que, de modo geral, em nossa região, a Maçonaria é considerada
como uma espécie de clube de serviço, mais ou menos à semelhança do Rotary Club e Lions Club. Muitos de nossos fiéis, mesmo agentes de pastoral e outros bem engajados e participantes, são membros da Maçonaria. Estes dizem que não estão percebendo nada que contrarie a doutrina católica. Caso percebam contradições entre princípios da Maçonaria e doutrina da igreja Católica, devem fazer sua opção. Se, neste caso, optarem pela Maçonaria, já não serão católicos.
Se alguém nos consultar sobre se pode aceitar o convite para ingressar na Maçonaria, creio que devemos dissuadi-lo de aceitar tal convite, porque não há razões que justificam o ingresso de um católico na Maçonaria.

Com o abraço fraterno, Dom Lelis Lara, CSsR

O que fazer quando temos aridez espiritual?


A única saída é fechar os olhos e dar as mãos a Jesus para ser guiado por Ele.
Muitas vezes, podemos passar por algum período de aridez espiritual, isto é, não temos vontade de rezar, torna-se difícil assistir a Santa Missa, a reza do Terço fica pesada, etc. Até mesmo a sagrada Comunhão se torna um sacrifício diante das dúvidas que podem atingir a nossa alma. Parece que o céu sumiu.

Como vencer esse estado de espírito no qual parece que Deus está longe e que nos falta a fé?

Primeiro é preciso verificar se esta situação não é tibieza, isto é, causada por nossa culpa em não perseverar no cuidado da vida espiritual, e, sobretudo, verificar se não há pecados graves em nossa alma, que possam estar afugentando dela a graça de Deus.

Se não houver pecados na alma, então, é preciso antes de tudo, calma, paciência e perseverança nos exercícios espirituais: oração, vida sacramental, caridade, penitência, etc. Mesmo sem vontade ou sem gosto, continuar, sem jamais parar, os exercícios espirituais.

Deus, às vezes, permite essas provações para que aprendamos a “buscar mais o Deus das consolações do que as consolações de Deus”, como disse um santo. São João da Cruz, místico que tanto experimentou o que chamou de “noite escura da fé”, afirmou que “o progresso da pessoa é maior quando ela caminha às escuras e sem saber.”

Muitas vezes, nos deleitamos nas orações gostosas, cheias de fervor sensível, como crianças quando comem doces. Mas quando vem a luta, deixamos a oração.

Vejamos o que diz o Apóstolo:

“Filho meu, não desprezes a correção do Senhor. Não desanimes, quando repreendido por ele; pois o Senhor corrige a quem ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho (Pr 3,11s). Estais sendo provados para a vossa correção: é Deus que vos trata como filhos. Ora, qual é o filho a quem seu pai não corrige?... Mas se permanecêsseis sem a correção que é comum a todos, seríeis bastardos e não filhos legítimos... Aliás, temos na terra nossos pais que nos corrigem e, no entanto, os olhamos com respeito. Com quanto mais razão nos havemos de submeter ao Pai de nossas almas, o qual nos dará a vida? Os primeiros nos educaram para pouco tempo, segundo a sua própria conveniência, ao passo que este o faz para nosso bem, para nos comunicar sua santidade” (Hb 12,5-10).

Deus nos quer santos, e é também algumas vezes pela provação e pela aridez espiritual que Ele arranca as ervas daninhas do jardim de nossas almas. Coragem, alma querida de Deus! Jesus disse que Ele é a videira verdadeira, e Seu Pai o bom agricultor, que podará todo ramo bom que der fruto, para que produza mais fruto (cf. Jo 15,1-2).

Não podemos querer apenas o açúcar do pão e renegar o pão do sacrifício. Às vezes a meditação é difícil, a oração é penosa, distraída, surgem as noites e as trevas... Nessas horas é preciso silêncio, abandono, paciência. O Esposo há de voltar logo... Em breve vai raiar a aurora e os fantasmas vão sumir.

Quanto mais a noite fica escura, mais perto nos aproximamos da aurora. Deus sabe o que estamos passando, louvado seja o Seu santo Nome! É hora de abandono em Suas mãos paternas.

Em meio às trevas alguns sentem o coração como se fosse de gelo, não sentem mais amor a Jesus, perdem a piedade, se sentem condenados. Que desoladora confusão espiritual!

Nestas horas a única saída é fechar os olhos e dar as mãos a Jesus para ser guiado por Ele na fé; confiança e abandono, irmão! Só o Senhor sabe o caminho para sairmos deste matagal fechado e escuro.

Deus nos prepara para a contemplação pelas provas passivas, ensinam os santos. Ele as produz e a alma apenas tem que aceitar. É o duro caminho dos que querem a perfeição. Ele está purificando a alma; o Cirurgião Celeste está nos operando a alma.

São João da Cruz fala da famosa “noite dos sentidos” cheia de aridez e de provação, um verdadeiro martírio para a alma. Segundo o santo doutor, é Jesus que chama a alma a caminhar com Ele no deserto, mesmo queimando os pés e sendo queimado pelo sol, para se santificar.

Calma, alma querida de Deus, Ele faz isso porque o ama muito! O fogo bom não é aquele "fogo de palha", alto e bonito, mas rápido, que logo se apaga; mas é o fogo baixo que pega na lenha grossa e permanece por muito tempo. O fogo de palha é só para começar...

É isso que está acontecendo; não se assuste; não se preocupe porque o gosto de rezar sumiu e se tornou um agora um sacrifício penoso... Fé não é sentimento e muito menos sentimentalismo; fé é adesão, com a mente, a Deus, às Suas verdades e às Suas determinações. Não se preocupe de estar ou não “sentindo" fé ou devoção; apenas viva-a; vá à Missa, ao grupo de oração, ao Terço, com ou sem vontade, com ou sem gosto, com ou sem sentimento. Assim, temos mais méritos ainda diante de Deus.

Nesta situação talvez você precise de um diretor espiritual, especialmente na Confissão, para uma boa orientação.