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sexta-feira, 12 de novembro de 2010


Quereis que o Senhor vos dê muitas graças? Visitai-O muitas vezes. Quereis que Ele vos dê poucas graças? Visitai-O raramente. Quereis que o demônio vos assalte? Visitai raramente a Jesus Sacramentado. Quereis que o demônio fuja de vós? Visitai a Jesus muitas vezes. Quereis vencer o demônio? Refugiai-vos sempre aos pés de Jesus. Quereis ser vencidos? Deixai de visitar Jesus. Meus caros, a visita ao Santíssimo Sacramento é um meio muito necessário para vencer o demônio. Portanto, ide frequentemente visitar Jesus, e o demônio não terá vitória contra vós.

sábado, 6 de novembro de 2010

Formação: Como Fazer o Grupo de Oração Crescer


Não há um esquema pronto. A vida de oração, a escuta e a aplicação ousada daquilo que Deus pede é a receita! Independentemente do número de pessoas o Grupo de Oração deve ser um local de muita unção, graça e manifestação do Espírito Santo!
O maior segredo para que o seu Grupo de Oração esteja realizando a vontade de Deus é a VIDA DE ORAÇÃO. Sem ‘calo no joelho’, não há como fazer o Grupo de Oração crescer. Pois, só a partir da escuta, da fidelidade e da oração, é possível realizar de forma ousada e corajosa aquilo que Deus pede.
Devemos nos preparar espiritualmente para a missão dentro do Grupo de Oração:
a) Eucaristia (se possível, diária);
b) Confissão (uma vez por mês e perdão mútuo entre os servos);
c) Oração do Rosário, ou ao menos o terço todos os dias;
d) Abastecimento dos servos: Momento em que os servos buscam a força de Deus para suas vidas e se preparam para o dia do Grupo de Oração, quando irão SERVIR!
e) Vigília mensal, e, além disso, numa madrugada por semana, os servos fazem escala de uma hora de oração em suas casas;
f) Intercessão em um dia diferente do Grupo de Oração, e, no dia do Grupo, os servos fazem um forte momento de intercessão. Colocam aos pés de Jesus aquilo que viveram durante o dia, entregando cansaço, problemas e dificuldades.
A equipe do Grupo de Oração e, principalmente, o coordenador não podem ter medo! Ser corajoso, ousado e principalmente obedecer à vontade de Deus é a principal receita para que seu Grupo de Oração seja aquilo que vocês buscam e principalmente: aquilo que Deus sonha!
Aos coordenadores e aos servos que ainda têm medo e timidez para anunciar o Senhor: "Não digas: Sou apenas uma criança: porquanto irás procurar todos aqueles aos quais te enviar, e a eles dirás o que Eu te ordenar." (Jr 1, 7).

Formação: Ministério de Intercessão


“O intercessor não é aquele que somente faz à Deus uma oração de pedidos. Não. Ele conhece o coração de Deus. E porque o ama e sabe que é amado por Ele, nesse amor, ele atinge o coração de Deus, através da intercessão que se torna um humilde diálogo de amor.”
A palavra interceder significa “colocar-se entre”, ou seja, o intercessor e aquele que se coloca entre aquele que pode dar e aquele que deseja receber. No caso do ministério de intercessão, o intercessor é aquele que se encontra entre Deus Pai e a sua criação. Ele é como um advogado no Reino de Deus, um advogado de defesa, que defende as causas do Reino. Porque ama Deus e sabe que é amado por Ele, nesse amor, ele atinge o coração de Deus, através da intercessão que se torna um humilde diálogo de amor. O pedido do intercessor deve ser feito ao Pai em nome de Jesus como nos manda a Sagrada Escritura em Jo 14,13; Jo 15,7; Jo 16,23-28.

NOVE PASSOS PARA UMA INTERCESSÃO EFICAZ.

1. Que o coração esteja limpo diante de Deus, depois de ter dado tempo ao Espírito Santo de convencê-lo do pecado ainda não confessado. Sl 65,18: “Se intentasse no coração o mal, não me teria ouvido o Senhor.”

2. Reconheça que você não pode orar sem a orientação e o poder do Espírito Santo. Rm 8,26: “Outrossim, o Espírito vem em auxílio a nossa fraqueza, porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis.”

3. Renuncie as próprias idéias, desejos e preocupações por aquilo que se deve orar. Prov. 3,5: “Que teu coração deposite toda confiança no Senhor! Não te firmes em sua própria sabedoria”. Is 55,8: “Pois meus pensamentos não são os vossos, e o vosso modo de agir não são os meus, diz o Senhor”.

4. Peça a orientação do Espírito Santo, “buscai a plenitude do Espírito” (Ef 5,18 ) e agradeça-o pois “sem fé é impossível agradá-lo” (Heb 11,6).

5. Louve o Senhor agora, na fé, pelo ministério maravilhoso que Ele lhe concede.

6. Seja agressivo com o inimigo. Vá contra Ele com o poderoso nome de Jesus e com a “espada do Espírito”, que é a Palavra de Deus. Tg 4,7: “Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio e ele fugirá para longe de vós.”

7. Espere, em silêncio expectante na obediência e na fé, que o Senhor lhe fale. Jo 10,27: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem”.

8. Use a Sagrada Escritura para orientação e confirmação. Sl 118,105: “Vossa Palavra é um facho que ilumina meus passos. É uma luz em meu caminho”.

9. Quando terminarem as intercessões, louve e agradeça ao Senhor pelo que Ele fez lembrando-se de que “tudo é dele, por Ele e para Ele. A Ele a glória pelos séculos.” (Rm 11,36).

Fortalecei minha alma, preparando-a primeiro, ó Bem de todos os bens! Ó meu Jesus! Em seguida ordenai os meios de fazer eu alguma coisa por vós. Já não há quem suporte receber tanto sem nada pagar. Custe o que custar, Senhor, não permitais que me apresente diante de vós com as mãos tão vazias, pois o prêmio será de acordo com as obras. Eis aqui minha vida, eis aqui minha honra e minha vontade. Tudo já vos dei. Sou vosso. Disponde de mim como quiserdes.

Formação: Ministério de Cura e Libertação


Nós sabemos que Jesus, o Filho único de Deus, veio ao mundo para a Salvação de toda a humanidade (Lc. 4,14-2l) e (Is 6l, l4-l5).
Este é o ministério de Jesus. Esta é a missão de Jesus: salvar o homem todo, curando-o espiritual, física e emocionalmente, capacitá-lo para amar os irmãos: “Amai-vos uns aos outros…” e conduzir a todos de volta ao Pai.
Portanto, o ministério de cura é um serviço que os leigos prestam à comunidade eclesial. É a continuação do ministério de Jesus. Quando um ministro de cura ora por uma pessoa, ele deve ter a convicção clara de que é um instrumento do qual Jesus se utiliza para curar (Ato 3,1-8). Ele usa nossos lábios, nossas mãos, nosso testemunho de fé. Ele usa de compaixão, olhando para a dor e para o sofrimento (físico, psicológico e espiritual) do homem. O ministério de cura é o ministério do amor e o poder de Deus se manifesta no amor. É fundamental que deixemos Deus colocar em nós o Seu amor, para sermos canais de Sua graça para os irmãos. (I Cor l2 e l3).
Se alguém desejar conversar particularmente e receber oração especifica, então os servos ministeriados na Oração por Cura e Libertação é que acompanharão tais pessoas, escutando-as atentamente, orando por elas (do modo como chamamos:”com imposição de mãos”), orientando-as na fé, na vida sacramental, no engajamento na vida comunitária; e acompanhando-as o tempo que se fizer necessário para que ela esteja fortalecida e renovada.
O servo do Ministério de Oração por Cura e Libertação é aquela pessoa que, participando já há algum tempo do Grupo de Oração e sendo batizada no Espírito, sente-se chamada pelo Senhor para servir no Ministério de acolher, escutar e orar pelos demais participantes do Grupo de Oração que assim o desejarem, para que o Senhor os cure e liberte, e possam perseverar neste processo de conversão e santificação

Os nove passos para uma oração de cura e libertação eficaz

Como fazer uma boa oração de cura e libertação? Essa é uma pergunta que todo fiel deseja saber. Vejamos os noves passos para você que deseja se libertar e se curar de algum mal. Confira:

Primeiro passo: Coloque a sua confiança em Jesus, Ele é o único libertador.

Segundo passo: Diga ao Senhor: "Eu estou arrependido dos meus pecados e dos meus erros, não quero mais viver assim. Quero ter uma vida nova, quero renascer em seu amor e banhar-me em seu sangue redentor".

Terceiro passo: Orar não é ficar de boca fechada e, sim, pronunciar a renúncia e a oração. O demônio precisa escutar que você está arrependido, isto é, falar em voz alta (não precisa gritar).

Quarto passo: Acredite, tenha confiança, não precisa ficar repetindo todos os dias as mesmas orações de renúncia ou de libertação. Basta uma só vez. Sempre busque coisas novas para renunciar.


Quinto passo: Você precisa saber que o único acusador entre nós e Deus é o demônio. Não é o Senhor quem está perseguindo você e causando-lhe mal.

Sexto passo: Procure crescer no Espírito Santo, encha-se dos dons e dos frutos d'Ele. Assim que renunciar, peça ao Senhor o batismo no Espírito.

Sétimo passo: Consagre tudo a Deus, principalmente seus sentidos (tato, olfato, audição, paladar e visão). Depois, todo o seu corpo, assim também como os seus bens, seus estudos, seus filhos, seu trabalho, seu salário... Peça para que Deus o abençoe e mande anjos para junto de você na sua casa. Peça para que eles combatam todo o mal ali presente.

Oitavo passo: Se possível, jogue água abençoada em seus bens, na sua casa e, na oração, consagre tudo ao Senhor, dizendo que tudo é d'Ele e que você é apenas um administrador desta graça.

Nono passo: Se você tem uma família, faça as orações com ela, é ótimo. O pai e a mãe têm autoridade para renunciar às contaminações dos filhos e toda a herança de maldição da família.

Formação: Ministério de Música


O músico precisa ter cuidado para não se preocupar somente com a música ou com a técnica musical; deve buscar um equilíbrio em sua caminhada, deixando que o Espírito Santo conduza sua vida ao deserto, para a provação e libertação e, em seguida, o mesmo Espírito o conduza para o meio do povo, a fim de libertar e curar por intermédio da música.

Muitos músicos ainda não foram "aprovados" no deserto, estão sendo reprovados diante das provações e tentações; não se entregaram à graça do Espírito Santo para vencer o pecado. No entanto, se preocupam em estar no meio do povo, mas sem consciência de que sua presença não tem autoridade diante do demônio e, muito menos, sua música pode libertar alguém. Muitos músicos precisam ser libertos para depois sair e ajudar as pessoas a se libertarem.

Como ajudar alguém a sair do adultério se nós não conseguimos sair dele? Como ajudar alguém a se libertar dos vícios se ainda não vencemos essa tentação em nossas vidas? Como falar em roubo, masturbação, mentira, irresponsabilidade se no deserto nos entregamos a tudo isso? O músico precisa ter equilíbrio e estar aberto para as libertações que Deus precisa fazer nele.

Muitos querem tocar para Deus todo o tempo que puderem, porém, não entendem que a verdadeira música do céu não pode ser tocada sem o Espírito os conduzir ao deserto. É no deserto que Ele os liberta dos males e dos pecados, lhes dá a vitória sobre o inimigo e, em seguida, os conduz a fazer um "barulho de Deus" nos corações das pessoas.

Nos grupos de oração, o músico pode até tentar exorcizar com seu canto, mas o que faz a diferença é se ele já foi aprovado no deserto. Caso não, as pessoas vão embora no mesmo estado em que entraram no grupo.

Formação: Ministério Teatro e Dança


A Dança
Jesus nos deu uma ordem: "Ide e pregai o evangelho", é para isto que devemos usar as nossas habilidades.
A dança é para expressar, louvar e adorar a Deus e impactar o mundo com nossa expressão corporal chamando-o para o reino.
"Porque fostes comprados por alto preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo". (I Coríntios 6:20).
Dançar é definido como uma manifestação instintiva do ser humano. Antes de polir a pedra e construir abrigos, os homens já se movimentavam ritmicamente para se aquecer e comunicar.
Considerada a mais antiga das artes, a dança é também a única que dispensa materiais e ferramentas. Ela só depende do corpo e da vitalidade humana para cumprir sua função
Dança, em sentido geral, é a arte de mover o corpo seguindo uma certa relação entre tempo e espaço, estabelecida graças a um ritmo e a uma composição coreográfica.
Toda vez que nos colocamos perante a igreja para ministrar com dança, é como se nosso coração tivesse uma expectativa de saber como Deus irá receber o nosso louvor. Cada vez que entramos na presença do Senhor, tudo parece novo e sua presença sempre nos traz coisas novas.
Devemos lembrar também que há um grande mover de Deus nas artes nesses últimos tempos, com a restauração da espontaneidade e expressividade no meio da Igreja. A expressão do nosso coração nos dá a oportunidade de chegarmos a Deus com todo o nosso ser, com tudo o que temos e o que somos, afinal somos livres pela graça de Jesus!
Uma condição essencial e obrigatória para o ato da adoração é a santidade. Não há nada que agrade tanto o coração do Pai do que uma adoração sincera, verdadeira e pura. A dança também pode expressar este tipo de adoração
Muitas vezes não entendemos que Deus criou todas as coisas, e não "só algumas" e todas as coisas são para o reino Dele. Às vezes costumamos limitar a presença de Deus em nosso meio achando que Ele se manifesta da maneira como pensamos ou queremos. Assim impomos situações e criamos preconceitos, sem saber que Deus pode receber o nosso louvor independente da arte que está sendo utilizada (música, dança, mímica, teatro etc).
A dança é uma possibilidade de linguagem. Na Bíblia podemos encontrar inúmeras citações sobre a dança usada para o louvor e nos momentos de celebrações. O povo de Deus, no Antigo Testamento, por exemplo, dançava em suas festas com expressão de júbilo e agradecimento diante do Senhor. No livro de Samuel podemos observar que Davi adorava a Deus com todas as suas "forças" e é assim que temos que adorar a Deus, com todas as nossas forças. Foi o mesmo Davi que dançou e saltitou alegremente quando a Arca chegava em Jerusalém.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Formação: Ministério de Acolhida


O Objetivo do ministério é mostrar que estão participando de uma comunidade acolhedora e fraterna, que cumpre sua missão de amor e dedicação a Deus e aos irmãos, como Jesus diz “Vinde a mim e os aliviarei” Mt. 11,28-30, pois qualquer pessoa deve ser respeitada, acolhida e amada em nossa comunidade, sendo assim, podemos dizer: “A casa do Senhor é casa de oração para todos os povos “Is.56,7.

FUNÇÕES:
Uma das principais funções do ministério é levar a amizade e o amor de Jesus a todas as pessoas. Pequenos gestos como estender a mão, sorrir ou perguntar o nome, são indispensáveis para se semear a esperança e praticar o amor. Portanto, devemos nos esforçar para seguirmos as seguintes determinações:

1.Fale com as pessoas;

2.Sorria. Não custa e às vezes dura um instante, mas suas conseqüências duram a eternidade;

3.Chame as pessoas pelo nome;

4.Seja amigo e prestativo, se você quiser ter amigos, seja amigo;

5.Seja cordial e simples, coloque o coração em primeiro lugar, fale e aja com toda sinceridade. Tudo o que fizer, faça-o com todo o prazer;

6.Interesse-se sinceramente pelos outros, lembre-se que você sabe o que sabe, porém, não sabe o que os outros sabem;

7.Seja generoso em elogiar e cauteloso em criticar, saiba encorajar, dar confiança, elevar os outros;

8.Existem três lados numa controvérsia: o seu, o do outro e o lado de quem está certo;

9.Respeite a opinião dos outros, ouça e aprenda. Não procure impor suas idéias;

10.Seja disponível. Ajude com alegria, o que vale na vida é aquilo que fazemos pelos outros;

11. Faça tudo da melhor maneira. Servir bem é o verdadeiro sentido da vida.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Formação: Onde estamos colocando os nossos talentos?


Entendamos que a nossa felicidade passará pelo bom uso dos dons.
Quando nos colocamos em oração - entendendo oração como intimidade e diálogo entre duas pessoas que se amam (o Senhor e eu, eu e o Senhor) –, logo nos deparamos com uma grande dificuldade: o que dizer a Deus? Muitas e muitas vezes, no momento da nossa oração, somos invadidos por pensamentos e lembranças, os quais temos até medo de imaginar que possam existir e vir até nós.

Quero dizer que tudo aquilo que o Senhor quer nos falar neste diálogo de amor, que é a oração, não é acerca dos dons, talentos e virtudes que venhamos a possuir; quanto a isso, no máximo Ele quer que agradeçamos e coloquemos tudo a serviço dos irmãos, pois tudo é graça d’Ele. O que Deus quer conversar conosco, na oração, é sobre aquilo que não veio d’Ele, ou seja, nossas misérias, infidelidades, pecados e feridas. Por isso Deus quer curar e transformar todos esses males que temos em nós, em carismas, em vida, em dom.

Contudo, não quero me ater às realidades próprias da nossa oração, mas a tudo aquilo que é dom, virtude, talento, capacidade; realidades que são puro dom, pura graça, pura gratuidade de Deus em nossa vida, para que possamos colocar tudo a serviço dos irmãos. Tudo o que temos, que é presente de Deus, Ele nos deu para que possamos nos santificar, nos tornando canais de santificação para nossos irmãos.

Um dos maiores pecados existentes é o da omissão; maior não no sentido de materialidade de pecado, mas no sentido dos efeitos que ele nos causa, como a paralisação da capacidade de amar a partir dos talentos que Deus nos deu.

Onde estamos colocando os dons que Deus nos deu para a nossa santificação e a santificação dos nossos irmãos? Quantas pessoas estão escondendo seus dons e talentos dentro das vasilhas e embaixo das camas do preconceito, da prostituição, da preguiça e da indiferença religiosa!?

Entendamos que a nossa felicidade passará pelo bom uso dos dons e talentos que Deus nos deu, mas nós reclamamos muito das situações que se encontram em nossa sociedade, no nosso mundo. As dificuldades pelas quais passamos não são porque os maus possuem força, mas porque os cristãos não são melhores, não são santos.

Santidade é colocar tudo aquilo que temos de melhor a serviço dos irmãos, nos gastando por amor a eles e colocando nossas misérias no coração de Jesus para que Ele nos cure para melhor servirmos aos outros.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Testemunho


Tudo começou no dia 08 de setembro de2003, quando eu tinha 07 anos e ainda morava em Belo Horizonte. Meu pai foi ao banco, minha irmã foi à escola, eu e minha mãe ficamos na mercearia que tínhamos. Tempo depois, meu pai chegou, ele tinha que sair de novo, mas estava passando mal, pediu minha mãe pra sair no lugar d’ele. Então ficou eu e meu pai na mercearia. Tempo depois entra dois rapazes na mercearia pedindo água, acabaram de tomar a água e anunciaram o assalto, pediram para meu pai deitar-se no chão, mas ele não atendeu à ordem, então atiraram e meu pai caiu no chão, deram mais alguns tiros e saíram, antes de saírem quando estavam atirando meu pai pediu pra eu pegar a arma que ele guardava La em casa, os ladrões falaram que se eu desse um passo eles atiravam, deram um tiro na minha direção, mas não acertaram em mim, depois que os ladrões saíram fui até meu pai, ajoelhei-me e coloquei a cabeça d’ele no meu colo, ele falou pra chamar meus tios que moravam ali do lado, a primeira pessoa que eu encontrei foi a minha avó, falei pra ela e rapidamente ela gritou minha tia, algum tempo depois chegou bastante gente, repórteres, polícia e quase toda a vizinhança, meu avô foi esperar minha mãe no ponto de ônibus, mas quando minha mãe chegou com meu avô perto de casa perguntou a ele o que estava acontecendo e porque estava toda aquela multidão em frente à nossa casa, meu avô falou que meu pai tinha quebrado a perna, minha mãe logo desconfiou que não havia sido só isso, quando ela chegou em casa com meu avô, ficou sabendo da notícia... todos tentavam consolar eu, minha mãe e minha irmã que também já tinha sido avisada e já tinha chegado da escola, depois chegou meus tios e levaram minha mãe para o hospital, horas depois meu pai morre. Ficamos muito abalos, no enterro minha mãe chegou a desmaiar. Tempo depois que pai morreu meu tio evangeliza minha mãe, a partir daí minha mãe começou a ir à Igreja e freqüentar sempre, depois se tornou serva do ministério de música e também de intercessão, eu e minha irmã participamos do mesmo ministério que ela, mais tarde eu e minha irmã começamos a fazer parte do Ministério das Artes e dançamos em muitas ocasiões. Minha irmã já tinha até se tornado coordenadora de um grupo de jovens lá da Igreja. Fomos Felizes apesar de tudo o que aconteceu, pois Jesus preenchia em nossos corações a dor de perder um pai e a dor de perder um marido, tempos se passaram e a ex-mulher de meu pai começou a ligar em minha casa nos ameaçando de morte, minha mãe ficou muito assustada, não saia na rua, ficamos tempos assim, sem contar outros assaltos que tiveram na loja depois da morte do meu pai. Um dia minha mãe saiu no portão de casa, viu duas pessoas que pareciam estar vigiando nossa casa, ela se assustou mais ainda, já não sabia o que fazer, pois a situação ficava cada vez mais difícil. Estávamos sendo ameaçadas de morte e pessoas vigiando nossa casa. A solução encontrada foi sair da cidade, num mesmo dia colocamos algumas roupas na mala, saímos pelo fundo e um amigo nosso veio com um carro nos levar até o ponto de ônibus, passamos alguns dias na casa de meu tio que era um pouco longe lá de casa, mas ainda ficava em BH, depois da casa do meu tio, viemos morar em Salinas. Depois de aproximadamente uns dois anos e meio morando em Salinas, minha professora de Educação Religiosa convidou-me para participar do Grupo de Oração Angelus, no início eu não estava tão animada, depois de muita insistência eu fui, no segundo sábado minha irmã foi comigo, assim Deus foi agindo cada vez mais na minha vida. Hoje faço parte do Núcleo do Grupo, participo do Ministério de Teatro e Dança e Intercessão e minha Irmã (Fabíola) coordena o Ministério de Teatro e Dança. Sou grata a Deus e a todos os irmãos Angelinos que hoje fazem parte da minha vida.

Beatriz Silveira
(Grupo de Oração Angelus)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Formação: Os anjos são santos?


Há uma distinção entre a santidade dos anjos e a nossa.
Normalmente essa pergunta pode vir à nossa cabeça, mas, como é questão de fé, é importante esclarecer e é bom nos debruçarmos sobre o que diz a Bíblia e a Doutrina da Igreja. Realmente há uma distinção entre a santidade dos anjos e a nossa. Os anjos são santos, mas são espíritos puros dotados de inteligência e vontade e na natureza há uma diferença entre a nossa santidade humana da santidade deles [anjos]. Nós somos humanos dotados de corpo, alma e espírito; os anjos são seres puramente espirituais. Por serem seres espirituais, os anjos bons e maus não podem ter a sua existência provada de maneira experimental e racional; no entanto, a Revelação atesta a sua realidade. Eles são mencionados mais de 300 vezes na Bíblia. Apesar de sua dignidade superior eles são somente criaturas de Deus, nós somos filhos de Deus.

Vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos números:

328 A existência dos seres espirituais, não corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto à unanimidade da Tradição.

332 Eles aí estão, desde a criação e ao longo de toda a História da Salvação, anunciando de longe ou de perto esta salvação e servindo ao desígnio divino de sua realização: fecham o paraíso terrestre, protegem Lot, salvam Agar e seu filho, seguram a mão de Abraão, comunicam a lei por seu ministério, conduzem o povo de Deus, anunciam nascimentos e vocações, assistem os profetas, para citarmos apenas alguns exemplos. Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do Precursor e o do próprio Jesus.

333 Desde a Encarnação até a Ascensão, a vida do Verbo Encarnado é cercada da adoração e do serviço dos anjos. Quando Deus "introduziu o Primogênito no mundo, disse: - Adorem-no todos os anjos de Deus” (Hb 1,6). O canto de louvor deles ao nascimento de Cristo não cessou de ressoar no louvor da Igreja: "Glória a Deus nas alturas..." (Lc 2,14). Protegem a infância de Jesus, servem a Jesus no deserto, reconfortam-no na agonia, embora tivesse podido ser salvo por eles da mão dos inimigos, como outrora fora Israel. São ainda os anjos que "evangelizam", anunciando a Boa Nova da Encarnação e da Ressurreição de Cristo. Estarão presentes no retorno de Cristo, que eles anunciam serviço do juízo que o próprio Cristo pronunciará.

329 Santo Agostinho diz a respeito deles: - “Anjo (mensageiro) é designação de encargo, não de natureza. Se perguntares pela designação da natureza, é um espírito; se perguntares pelo encargo, é um anjo: é espírito por aquilo que é, é anjo por aquilo que faz". Por todo o seu ser, os anjos são servidores e mensageiros de Deus. Porque contemplam "constantemente a face de meu Pai que está nos céus" (Mt 18,10), são "poderosos executores de sua palavra, obedientes ao som de sua palavra" (Sl 103,20).

Para alcançarmos a santidade Deus nos presenteou com um companheiro de caminhada, que conhece como ninguém a vontade do Senhor: Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão. "Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida" (CIC n°336). Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus. Portanto, os anjos são criaturas espirituais que servem ao Senhor e aos homens em relação ao Seu plano divino de salvação. A santidade faz parte da natureza dos anjos, mas para nós seres humanos e limitados pela nossa humanidade ferida pelo pecado, a santidade é uma luta, uma conquista diária, requer vontade firme, renúncias, obediência a Deus e Sua vontade, vida de oração e comunhão com Ele e com os irmãos.

A Igreja fala de virtudes heroicas praticadas por homens e mulheres que foram fiéis e trilharam uma vida santa e os chama de modelos e intercessores: "Ao canonizar certos fiéis, isto é, ao proclamar solenemente que esses fiéis praticaram heroicamente as virtudes e viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está em si e sustenta a esperança dos fiéis, propondo-os como modelos e intercessores. "Os santos e as santas sempre foram fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis da história da Igreja." Com efeito, "a santidade é a fonte secreta e a medida infalível de sua atividade apostólica e de seu elã missionário" (CIC 828).

Deus nos criou para a comunhão com Ele e "O aspecto mais sublime da dignidade humana está nesta vocação do homem à comunhão com Deus. Este convite que Deus dirige ao homem, de dialogar com ele, começa com a existência humana. Pois se o homem existe, é porque Deus o criou por amor e, por amor, não cessa de dar-lhe o ser, e o homem só vive plenamente, segundo a verdade, se reconhecer livremente este amor e se entregar ao seu Criador" (CIC nº. 27).

O nosso saudoso Papa João Paulo II afirmou certa vez: "Não tenhais medo da santidade, porque nela consiste a plena realização de toda autêntica aspiração do coração humano. Entre as maravilhas que Deus realiza continuamente, reveste singular importância a obra maravilhosa da santidade, porque ela se refere diretamente à pessoa humana". E o Sumo Pontífice resume tudo dizendo: “A santidade é a plenitude da vida”. Portanto, Deus Pai, na Sua infinita misericórdia e Providência, nos presenteia com os santos anjos para nos ajudar como companheiros na dura caminhada para a santidade. Por isso, desde criança aprendemos:

"Santo Anjo do Senhor, meu zeloso e guardador, se a Ti me confiou a piedade Divina sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém".

Formação: Rezar, orar para viver


Não devemos rezar só para nós mesmos.
Rezar não é só falar com Deus. É viver com Ele, por Ele e pelos irmãos. "Rezar é viver uma presença de amor em sua vida e fazer tudo por Deus", explica frei Patrício Sciadini em seu livro "Rezar é". Orar continuamente, sem cessar, foi ordem de Jesus aos Seus discípulos. Rezar é orar e trabalhar para o Reino de Deus, para acudir os pobres, os doentes, trabalhar pela justiça, exercer uma profissão e fazê-lo a serviço do próximo. Trabalhar assim é colocar a oração dentro da vida e fazer a vida uma oração.

O contato com Deus nos desintoxica da maldade e coloca a oração sempre dentro da vida. Nas palavras de frei Patrício: "Rezar é viver, é amar e deixar-se amar, é evangelizar, abandonar-se em Deus, cantar salmos, olhar os lírios do campo, ouvir os pássaros, desabafar o coração, dizer 'sim' e nunca dizer 'não' a Deus".

Na vida cristã, o nosso momento de estar a sós com Deus é na oração pessoal, assim como Jesus também o tinha. Mas a oração cristã não é um ato realizado apenas em benefício próprio, e sim, em benefício dos outros; não rezamos só para nós mesmos. Jesus, Maria e os grandes santos da Igreja sempre colocaram em suas orações a preocupação com os homens, pois, para o cristão, orar não é apenas contemplar a Deus, mas também orar pelo próximo, o que gera atitudes concretas de amor.

A oração é o que nos mantém vivos. Assim como a planta não cresce e não dá frutos se estiver exposta ao sol, também o coração humano não desabrocha para a vida se não tiver Deus. Quem não reza corre o risco de morrer internamente. Mais cedo ou mais tarde sentirá a falta de algo, como se fosse o ar para respirar, o calor para viver, a luz para ver, o alimento para crescer e sustentar-se. É como se lhe faltasse um objetivo para dar sentido à vida.

Santo Afonso de Liguori, fundador dos Redentoristas, dizia que "quem reza se salva e quem não reza se condena".

O corpo não vive sem alimento. A alma também não. Mas, na prática, notamos que a maioria dos cristãos parece não conhecer esta verdade. Quem mantém o controle de sua vida sabe como a oração lhe faz falta... bastam alguns dias sem oração para as tentações aumentarem e sair do caminho.

Para rezar, procure estar em silêncio dentro de si e ao seu redor. Não é sempre fácil criar esse ambiente [o silêncio], mas é no silêncio que Deus se manifesta e podemos ouvi-Lo.

Quanto mais rezamos, tanto mais temos vontade de rezar e de ajudar aqueles que sofrem. Ao contrário, quando rezamos pouco, menos queremos rezar.

Quem reza sente os frutos do Espírito que fazem a vida mais bela e mais harmoniosa.

(Artigo extraído do livro "Cristãos de atitude" – O caminho espiritual proposto por Dom Bosco, Editora Canção Nova).

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cristão Lifestyle


Pessoal, um problema que existe em muitos jovens é achar que seguir a Deus é caretice, mas na verdade é o contrário. Nós, jovens cristãos nos divertimos como qualquer um ou a até mais do que os jovens que estão no mundo lá fora, mas de uma forma diferente.

Enquanto lá fora as pessoas ''se divertem'' usando drogas, bebidas, cigarros, entre outras coisas, nós n
os divertimos e nos alegramos na presença de Deus. Isso na verdade é pura ilusão, todos que entram nesse mundo de vícios e outras coisas que desagradam à Deus só entram porque a princípio acham bonito ou porque os amigos pressionam dizendo aquelas coisas do tipo: ''Larga de ser careta'', ou (especialmente para os garotos) ''Você não bebe porque você não aguenta, você é fraco'', ''Você não é macho o suficiente para isso''.

Agora pense, tem que ter mais força para aceitar ou para rejeitar uma bebida, um cigarro, uma droga? Com certeza é preciso ter muito mais força para rejeitar. Quando rejeitamos a pressão é maior, as críticas são maiores, porque o normal lá fora é isso, se você não faz/usa essas coisas então você é um anormal (na visão do mundo), mas ser cristão é isso, é andar na contramão do mundo, é um estilo de vida diferente, e ao contrário do que muitos pensão ser cristão é muito louco, para ser cristão tem que ser ousado, tem que ser diferente.

Em Provérbios 20:29 está escrito que a beleza dos jovens está na sua força, então porque estragar a nossa beleza com fraqueza? Porque ceder a aquilo que só vai nos levar a destruição?
Também em Eclesiastes 12:1 diz para lembrarmos do nosso Criador enquanto somos jovens, mostrando que, ao contrário do que pensam, buscar a Deus não é só para as pessoas mais velhas, não, é para nós também!

MENSAJE DEL CONCILIO VATICANO II A LOS JÓVENES


Finalmente, es a vosotros, jóvenes de uno y otro sexo del mundo entero, a quienes el Concilio quiere dirigir su último mensaje. Porque sois vosotros los que vais a recibir la antorcha de manos de vuestros mayores y a vivir en el mundo en el momento de las más gigantescas transformaciones de su historia. Sois vosotros los que, recogiendo lo mejor del ejemplo y de las enseñanzas de vuestros padres y de vuestros maestros vais a formar la sociedad de mañana; os salvaréis o pereceréis con ella.
La Iglesia, durante cuatro años, ha trabajado para rejuvenecer su rostro, para responder mejor a los designios de su fundador, el gran viviente, Cristo, eternamente joven. Al final de esa impresionante «reforma de vida» se vuelve a vosotros. Es para vosotros los jóvenes, sobre todo para vosotros, porque la Iglesia acaba de alumbrar en su Concilio una luz, luz que alumbrará el porvenir.
La Iglesia está preocupada porque esa sociedad que vais a constituir respete la dignidad, la libertad, el derecho de las personas, y esas personas son las vuestras.
Está preocupada, sobre todo, porque esa sociedad deje expandirse su tesoro antiguo y siempre nuevo: la fe, y porque vuestras almas se puedan sumergir libremente en sus bienhechoras claridades. Confía en que encontraréis tal fuerza y tal gozo que no estaréis tentados, como algunos de vuestros mayores, de ceder a la seducción de las filosofías del egoísmo o del placer, o a las de la desesperanza y de la nada, y que frente al ateísmo, fenómeno de cansancio y de vejez, sabréis afirmar vuestra fe en la vida y en lo que da sentido a la vida: la certeza de la existencia de un Dios justo y bueno.
En el nombre de este Dios y de su hijo, Jesús, os exhortamos a ensanchar vuestros corazones a las dimensiones del mundo, a escuchar la llamada de vuestros hermanos y a poner ardorosamente a su servicio vuestras energías. Luchad contra todo egoísmo. Negaos a dar libre curso a los instintos de violencia y de odio, que engendran las guerras y su cortejo de males. Sed generosos, puros, respetuosos, sinceros. Y edificad con entusiasmo un mundo mejor que el de vuestros mayores.
La Iglesia os mira con confianza y amor. Rica en un largo pasado, siempre vivo en ella, y marchando hacia la perfección humana en el tiempo y hacia los objetivos últimos de la historia y de la vida, es la verdadera juventud del mundo. Posee lo que hace la fuerza y el encanto de la juventud: la facultad de alegrarse con lo que comienza, de darse sin recompensa, de renovarse y de partir de nuevo para nuevas conquistas. Miradla y veréis en ella el rostro de Cristo, el héroe verdadero, humilde y sabio, el Profeta de la verdad y del amor, el compañero y amigo de los jóvenes. Precisamente en nombre de Cristo os saludamos, os exhortamos y os bendecimos.
7 de diciembre de 1965

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Formação: Você se aceita como é?


A pior qualidade de um filho é a ingratidão.
Cada um de nós é riquíssimo no seu ser. Fomos feitos à imagem de Deus; o que mais poderíamos desejar? O Todo-poderoso entrou dentro de Si mesmo para, lá, ir buscar o nosso molde.

Como, então, você pode ficar reclamando das qualidades que você não tem? Não seria isso ser ingrato com o Senhor?

Antes de lamentar e lamuriar o que você não tem, agradeça o que você já tem e tudo o que recebeu gratuitamente de Deus Pai. Olhe primeiro para as suas mãos perfeitas… e diga: "Muito obrigado, Senhor!" Pense nos seus olhos que enxergam longe; seus ouvidos que ouvem o cantar dos pássaros, e diga mais uma vez: "Obrigado, Senhor!" Da mesma forma, olhe para a beleza e o vigor da sua juventude e agradeça ao bom Pai, de quem procede toda dádiva boa.

A pior qualidade de um filho é a ingratidão diante do pai. Jesus ficou muito aborrecido quando curou dez leprosos (uma doença incurável na época!), mas só um (samaritano) voltou para agradecer. E este não era judeu, isto é, o único que não era considerado pertencente ao povo de Deus.

Você recebeu uma grande herança de Deus, que está dentro de você: sua inteligência, sua liberdade, vontade, capacidade de amar, sua memória, consciência, etc., enfim, seus talentos, que o Senhor espera que você os faça crescer para o seu bem e o dos outros. A primeira coisa a fazer, para que você possa multiplicar esses talentos, é aceitar-se como você é, física e espiritualmente.

Não fique apenas olhando para os seus problemas, numa espécie de introspecção mórbida, porque senão você acabará não vendo as suas qualidades; e isso o tornará escravo do seu complexo de inferioridade.

São Paulo disse que somos como que "vasos de barro", mas que trazemos um tesouro de Deus escondido aí dentro (cf. I Cor 4, 7).

Eu não estou dizendo que você deva se esconder dos seus problemas nem fazer de conta que eles não existem; não é isso. Reconheça-os e aceite-os; e, com fé em Deus, e confiança em você, lute para superá-los, sem ficar derrotado e lamuriando a própria sorte.

Saiba que é exatamente quando vencemos os nossos problemas e quando superamos os nossos limites, que crescemos como pessoas humanas.

Não tenha medo dos seus problemas, eles existem para serem resolvidos. Um amigo me dizia que todo problema tem solução; e que, quando um deles não a tem [solução], então, deixa de ser problema. “O que não tem remédio, remediado está”, diz o povo. Não adianta ficar chorando o leite derramado.

É na crise e na luta que o homem cresce. É só no fogo que o aço ganha têmpera. É sob as marteladas do ferreiro que a lâmina vira um espada. Por isso, é importante eliminar as suas atitudes negativas.

Deus tem um desígnio para você e para cada um de nós; uma bela missão a ser cumprida, e você pode estar certo de que Ele lhe deu os talentos necessários para cumpri-la.

Deus Pai quer que você seja um aliado d'Ele, um cooperador d'Ele, na obra da construção do mundo. O Senhor não nos entregou o mundo acabado, exatamente para poder nos dar a honra e a alegria de sermos Seus colaboradores nesta bela obra. Ele precisa de nossas mãos e de nossa inteligência, pois quer usar os nossos talentos. Por essa razão, o homem mais infeliz é aquele que se fecha em si mesmo e não usa os seus talentos para o bem dos outros. Este se torna deprimido.

Na "Parábola dos Talentos", Jesus mostrou que só foi pedido um talento a mais àquele que tinha ganhado um; mas que foi pedido dez novos talentos ao que tinha dado dez. Deus é coerente.

Você sabe que é “único” aos olhos d'Ele, irrepetível; logo, você recebeu talentos que só você tem; então, o Senhor espera que você desenvolva esta bela herança, sendo aquilo que você é.

É um ato de maturidade ter a humildade de reconhecer os seus limites e aceitá-los; isso não é ser menor ou menos importante; é ser real.

Aceite suas limitações, seus problemas, seu físico, sua família, sua cor, sua casa, também seus pais e seus irmãos, por mais difíceis que sejam… e comece a trabalhar com fé e paciência, para melhorar o que for possível.

Se você não começar por aceitar o seu físico, aquilo que você vê, também não aceitará os defeitos que você não vê. Você corre o risco de não gostar de você se não aceitar o seu corpo. Muitos se revoltam contra si mesmos e contra Deus por causa disso. Você só poderá gostar de você - amar a si mesmo - se aceitar-se como é física e espiritualmente. Caso contrário não será feliz.

É claro que é bom aprender as coisas boas com os outros, mas não podemos querer imitá-los em tudo. Você não pode ficar se comparando com outra pessoa, e quem sabe, ficar até deprimido porque não tem o mesmo sucesso dela. Cada um é um diante de Deus Pai. Também não se deixe levar pelo julgamento que as pessoas fazem de você. Saiba de uma coisa: você não será melhor porque as pessoas o elogiam, mas também não será pior porque elas o criticam. Como dizia São Francisco, “sou, o que sou diante de Deus.”

Certa vez, iam por uma estrada um velho, um menino e um burro.

O velho puxava o burro e o menino estava sobre o animal.

Ao passarem por uma cidade, ouviram alguém dizer:

“Que menino sem coração, deixa o velho ir a pé. Devia ir puxando o burro e colocar o velho sobre este!”

Imediatamente o menino desceu do burro e colocou o velho lá em cima, e continuaram a viagem.

Ao passar por outro lugar, escutaram alguém dizer:

“Que velho folgado, deixa o menino ir a pé, e vai sobre o burro!”

Então, eles pararam e começaram a pensar no que fazer:

O velho disse ao menino:

"Só nos resta uma alternativa: irmos a pé carregando o burro nos nossos braços!…"

Moral da história: é impossível agradar a todos!

Do livro – "Jovem, levanta-te!" – Editora Cléofas

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Formação: O papel da Virgem Maria na Igreja


A Igreja experimenta continuamente a eficácia da ação de Mãe.
São Bernardo, doutor da Igreja, disse que "Deus quis que recebêssemos tudo por Maria". De fato, por ela nos veio o Salvador e tudo o mais. Sem dúvida, o papel preponderante da Santíssima Virgem na vida da Igreja é o de Mãe.

A Igreja, como o Cristo, nasce no seu regaço:

“Todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, a Mãe de Jesus e de Seus irmãos” (At 1,14).

Neste quadro de Pentecostes São Lucas destaca a pessoa de Nossa Senhora, a única que é recordada com o próprio nome, além dos apóstolos. Ela promove, na Igreja nascente, a perseverança na oração e a concórdia no amor. É o papel de mulher e de Mãe. São Lucas também faz questão de apresentá-la explicitamente como “a mãe de Jesus” (cf. At 1,14), de forma a dizer que algo da presença do Filho, que subiu ao céu, permanece na presença da Mãe. Ela, que cuidou de Jesus, passa agora a cuidar da Igreja, o Corpo Místico do Seu Filho. Desde o começo a Virgem Maria exerce o seu papel de “Mãe da Igreja".

Com essas palavras pronunciadas na Cruz: “Mulher, eis aí o teu filho" (Jo 19, 26), Cristo lhe dá a função de Mãe universal dos crentes. Entregando-a ao discípulo amado como Mãe, Nosso Senhor Jesus Cristo quis também indicar-nos o exemplo de vida cristã a ser imitado. Se Cristo no-la deu aos pés da Cruz, é porque precisamos dela para a nossa salvação. Não foi à toa que o Resssuscitado nos deu a Sua Mãe...

Esta missão materna e universal da Santíssima Virgem Maria aparece na sua preocupação para com todos os cristãos, de todos os tempos. Sem cessar ela socorre a Igreja e os seus filhos. Os cristãos a invocam como “Auxiliadora”, reconhecendo-lhe o amor materno que socorre os seus filhos, sobretudo quando está em jogo a salvação eterna. A convicção de que Nossa Senhora está próxima dos que sofrem ou se encontram em perigo levou os fiéis a invocá-la como “Socorro”. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro!

A mesma confiante certeza é expressa pela mais antiga oração mariana, do século II, na época das perseguições romanas, com as palavras: “Sob a vossa proteção recorremos a vós, Santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós que estamos na prova, e livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!” (Do Breviário Romano).

Na sua peregrinação terrena, a Igreja experimenta continuamente a eficácia da ação da “Mãe na ordem da graça”. Ela tem um lugar especial no coração de cada filho. Não é um sentimento superficial, mas afetivo, real, consciente, vivo, arraigado e que impele os cristãos de ontem e de hoje a recorrerem sempre a ela, para entrarem em comunhão mais íntima com Cristo.

Nossa Senhora une não só os cristãos atuantes, mas também o povo simples e até os que estão afastados. Para esses, muitas vezes, a Virgem Maria é o único vínculo com a vida da Igreja. Ela nos educa a viver na fé em todas as situações da vida, com audácia e perseverança constante. A sua maternal presença na Igreja ensina os cristãos a se colocarem na escuta da Palavra do Senhor. O exemplo da Virgem Maria faz com que a Igreja aprenda o valor do silêncio. O silêncio de Maria é, sobretudo, sabedoria e acolhimento da Palavra.

A Igreja aprende a imitá-la no seu caminho cotidiano. E assim, unida com a Mãe, conforma-se cada vez mais com seu Esposo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O Angelus tem algo especial que pela via da amizade leva os outros a um encontro forte com Deus


Como me alegro em ver toda essa juventude voltada para Deus, como é bom se doar a Ele, estar com Ele, realizando as suas obras. Meu coração encheu-se mais de alegria depois que conheci o Angelus, ao ver jovens tão queridos que podiam estar no mudinho, mas escolheram o mundão no qual foram escolhidos por Deus. O Angelus tem muito a fazer ainda por aqueles jovens que estão perdidos, mas todos vocês tem que estar abertos para realizar as maravilhas de Deus no meio do povo, seja quais forem. Eu digo por mim mesma como fico encantada de poder conversar, brincar, abraçar e até mesmo chorar no ombro do irmão, isso me alegra, me satisfaz, não faço isso por mérito para alcançar a salvação, faço isso porque é um dom puro que Deus me deu. Jovens não tenham medo de se envolver cada vez mais com Deus, sintam-se livres, entreguem a alma a Ele, mesmo achando-se incapazes. Deus ama os que não merecem ser amados e escolhe os que não merecem ser escolhidos, Ele não se importa com os nossos erros até o DIA DE HOJE, porque o amor que Ele tem por nós é cheio de FUTURO. Ele não fica preso ao nosso passado, não importa com o que fizemos ou deixamos de fazer, a Ele interessa o que ainda podemos fazer. Não é fácil lidar com os nossos erros, e sofremos as consequências por eles, mas somos jovens; e jovem precisa de desafio como diz o Papa João Paulo II (jovem não tem medo de desafio, mas sim de uma vida sem sentido), desafie-se a melhorar sua vida, a corrigir seus erros para se lançar em uma vida melhor, seja sinal de Deus para os que precisam, tenha orgulho de falar que é Servo de Deus. Foi muito bom para mim conhecer vocês, isso nos ajuda a construir esse carisma que é ser presença de Deus no meio do povo. Obrigado pela amizade que construímos, conto com as orações de vocês e peço a MARIA ARCA DA ALIANÇA que cuidem de vocês, pois vocês são almas que não podem ser perdidas. O Angelus tem algo especial que pela via da amizade leva os outros a um encontro forte com Deus. Vocês me marcaram muito, me ajudaram a quebrar barreiras que precisavam ser mexidas. Um abraço fraterno à todos, e em especial queria deixar um forte abraço a Camila(anja), Thiago, Karine, Karina, Ana, Drica, Bruninha, Bia e Valter saiba que levo vocês em meu coração. Não desistam de ser felizes, não deixem o inimigo entrar em nossas fraquezas. Todos nós somos capazes de combater o mal para podermos cantar vitória ao nosso Amado.

Fiquem com Deus.

Roberta Cordeiro Pereira
(Comunidade Arca da Aliança)

domingo, 1 de agosto de 2010

Formação: Quando o amigo 'pisa na bola'


'Por melhores que sejam as pessoas, um dia, elas nos decepcionam.'

Por melhores que sejam as pessoas e suas intenções, um dia, sem querer, elas nos decepcionam. Acontece isso entre pais e filhos, marido e mulher, namorados apaixonados e entre amigos também. Nós mesmos já fizemos essa experiência frustrante de "pisar na bola" com alguém que nunca queríamos machucar ou decepcionar. Isso faz parte do processo de amadurecimento de qualquer relacionamento e é muito bom que isso aconteça, para que não fiquemos na ilusão de achar que tal pessoa é perfeita ou nós mesmos somos intocáveis e imaculados.
Dizer que a frustração e os erros fazem parte do conhecimento do outro, para que no amadurecimento da amizade possamos adequar a imagem do amigo ao real e possível parece exagero, pois quem tem amizade-fantasia são as crianças e neste período da vida é normal. Por isso, que uma verdadeira amizade deve estar guiada por alguns compromissos evangélicos: verdade, transparência e partilha, tudo isso, é claro, com muita caridade e misericórdia, pois só quando experimentamos o gosto amargo dos nossos erros compreendemos as fraquezas e erros do amigo.

Experiência mais terrível, para mim, são aquelas pessoas que estão no centro de uma situação, sabem de fatos que incluem e comprometem a pessoa amiga e por respeito humano e por um falso "protecionismo" ficam caladas, se omitem, não querem correr o risco de perder a boa fama, a simpatia e até mesmo amizade. Quando a amizade é verdadeira o único medo que eu tenho é perder o meu amigo para os seus próprios erros, mesmo que ele não me compreenda e fique com raiva de mim, vou falar-lhe a verdade e abrir seus olhos, pois amigo não é aquele que passa a mão na cabeça, mas aquele que o desafia e o "desinstala", mas está pronto para ficar com você em qualquer situação.

Precisamos crescer na vivência e na compreensão de uma verdadeira amizade, quem não se compromete não ama. Quando um amigo "pisa na bola" ou está vivendo uma situação constrangedora aproveite para acolhê-lo, não tenha medo de sacrificar a amizade pela verdade e o verdadeiro amor se arrisca, dá a vida pelo amigo. “O homem quando erra não tem outra alternativa a não ser pedir perdão, se não ele não é homem”. O amigo não "abandona o barco" quando ele se agita, ajuda a remar mesmo que tenha de dizer que o outro está remando para o lado errado. Como corrigir um amigo sem perder sua amizade:

1° Reze pelo seu amigo: a oração vai preparar o coração dele e também o seu;

2° Espere a hora certa para conversar e partilhar, não se deixe vencer pelo nervosismo e ansiedade;

3° Escolha o lugar certo: a privacidade é o melhor lugar para corrigir uma pessoa, evite fazer uma correção em público, mesmo que você esteja certo começou errado;

4° Faça um elogio antes de fazer a crítica e a correção. Todos têm qualidades e isso corrige o nosso ego elevado pelos erros dos outros; isso não é fingimento, é amor.

5° Saiba falar: cuidado com as palavras, o problema, muitas vezes, não é o conteúdo das críticas, mas o jeito com que se fala. Mesmo que o outro esteja no erro, demonstre respeito e carinho.

Na realidade, na hora em que é feita, nenhuma correção parece alegrar o outro, pois causa dor. Depois, porém, produz um fruto de paz e de justiça para aqueles que nela foram exercitados (cf. Hebreus 12,11).

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sejamos Vigilantes e Cuidadosos.


["Os danos mais sérios vêm do que contamina a fé e a vida cristã de seus membros e suas comunidades, debilitando sua capacidade de testemunho e de profecia", disse Bento XVI em sua homilia.
Citando o apóstolo São Paulo, o Papa falou de "problemas de divisões, de incoerência, de infidelidade ao Evangelho que ameaçam seriamente a Igreja".
Entre os "males espirituais e morais" que minam a Igreja católica de dentro, o Papa citou "atitudes negativas" como "o egoísmo, a vaidade, o orgulho, o apego ao dinheiro".
Em 11 de maio, no avião em que viajava para Portugal, o Papa já havia dito que a maior "perseguição" contra a Igreja não vinha de "inimigos externos", mas de seu próprio "pecado".]

Com sábias palavras o santo padre o Papa vem se dirigir a todos nós que fazemos parte da merce do senhor.
Devemos analisar nosso comportamento, nossas atitudes e principalmente nossa vivência.

'Hoje os Grupos de Orações estão carentes de testemunhos, falta a vivência de tudo que se é pregado e falado'.

Meus irmãos, esses dias que procederão, a nossa cidade será tomada por festas mundanas, precisamos ter a consciência de que são coisas que não cabem a um servo de Deus estar presente. Como vou falar de Deus, pregar e participar de algo desse tipo. Infelizmente existem pessoas de dentro de Grupo de Oração que não vê mal nenhum em participar, além de 'pecar' contra Deus e contra a palavra estamos dando livre acesso para o mal em nossa vida.

São os pecados das pessoas que estão à frente da Igreja que acabam condenando a mesma.

Sejamos cuidadosos e vigilantes.

Senhor, dai-nos o entendimento para percebermos o que é bom e o que é mal em nossa vida.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Alimentemo-nos do que nos faz bem.


Torna-se cada vez mais necessário sermos radicais em nossas escolhas.
Precisamos ter convicção do que queremos e lutar pelo mesmo.
Rezávamos pelo Retiro de Férias deste ano, e o direcionamento que o Senhor nos dava, é justamente para não desanimarmos.

"Não tenham medo, eu passo à frente, sois como cordeiros em meio à lobos, mas venci por vocês, não tenham medo, eu passo à frente!"
Após esta palavra de profecia, Deus nos dá o tema do nosso Retiro: 'Tudo é possível ao que crê.' (Mc 9.23b)

Entendemos que a graça que Deus nos reserva é coisa grande, e a única condição para recebê-la é crer, aí está o segredo, a condição... o Senhor só nos pede uma única coisa: fé!
Tendo este dom, o necessário nos é dado por acréscimo.
Que nesses dias, sejamos ousados em nossa fé. Não nos contentemos com pouco, mas peçamos ao Senhor sempre mais.

Jesus, dai-nos o dom da fé, pois tudo é possível ao que crê!

sábado, 12 de junho de 2010

Formação: Demoniologia


Aqueles que não acreditam na existência do demônio é porque nunca leram a Bíblia em suas vidas. Estou dando essa má notícia: quer você goste ou não, a verdade é que o demônio existe. Existe um mal que é um inimigo pessoal. E como eu sei disso? Porque está na Bíblia!

Em uma audiência em 1972, o Papa Paulo VI disse que a maior necessidade da Igreja, hoje, é saber como se proteger, como se defender, contra o demônio. Eu creio que o demônio existe, nem tanto porque está na Bíblia ou porque a Igreja ensina, mas por causa do meu ministério pastoral de cura e libertação. Eu me encontro com casos que não há explicação humana. Nós não temos nem explicação espiritual, exceto o fato que o demônio está trabalhando naquilo.

O demônio existe e podem haver dois extremos: aqueles que acreditam que ele não existe, e também aqueles que dão atenção demais a ele, vendo-o em toda a parte ou tendo medo dele. A atitude correta é aquela do equilíbrio, no meio, que deve evitar ambos os extremos. São Pedro nos ensina que temos somente um inimigo, e ele é o demônio; que nos cerca como um leão, buscando a quem possa devorar. Mas, ele mesmo diz, para que não tenhamos medo, apenas sejamos vigilantes. Mantenham os olhos abertos, estejam preparados, e, então, nada de mau vai acontecer.

O demônio pode nos atingir de três maneiras: pela tentação, pela possessão e pela opressão. A tentação significa que o demônio nos atrai para coisas que normalmente não faríamos. Por que Deus permite que eu seja tentado? Os nossos primeiros pais foram tentados, Jesus foi tentado, Deus não vai permitir que sejamos tentados além de nossas possibilidades, além de nossas forças. E o mais lindo e importante é que o Senhor vai nos dar toda a força que precisarmos para resistir a tentação.

Todos os dias à noite, nós devemos pedir perdão a Deus se caímos na tentação e cometemos o pecado. Precisamos sempre terminar o nosso dia com um ato de contrição, de arrependimento; e começar o outro dia com uma oração, pedindo para não sucumbir às tentações.

Padre Rufus Pereira
Sacerdote da Arquidiocese de Bombaim (Índia). Vice-presidente da Associação Internacional de Exorcistas.




segunda-feira, 7 de junho de 2010

Formação - Os milagres eucarísticos


Mais de 130 destes ocorreram; metade na Itália.
A revista “Jesus”, das Edições Paulinas de Roma, publicou uma matéria do escritor Antonio Gentili, em abril de 1983, pp. 64-67, na qual ele apresenta uma resenha de milagres eucarísticos. Há tempos, foi traçado um "Mapa Eucarístico", que registra o local e a data de mais de 130 milagres, metade dos quais ocorridos na Itália. São muitíssimos esses fenômenos extraordinários no mundo todo. Por exemplo, Marthe Robin, uma francesa, milagre eucarístico vivo, alimentou-se durante mais de quarenta anos apenas de Eucaristia. Teresa Neumann, na Alemanha, durante mais de 36 anos, também se alimentou somente do Corpo de Cristo.

1 - Lanciano - Itália – no ano 700

Em Lanciano – séc. VIII. Um monge da ordem de São Basílio estava celebrando na igreja dos santos Degonciano e Domiciano. Terminada a consagração, que ele realizara, a hóstia transformou-se em carne e o vinho, em sangue, depositados dentro do cálice. O exame das relíquias, segundo critérios rigorosamente científicos, ocorrido pela última vez em 1970, levou aos seguintes resultados muito significativos:

1) A hóstia, que se transformou em carne humana, segundo a tradição, é realmente constituída por fibras musculares estriadas, pertencentes ao miocárdio. Acrescente-se que a massa sutil de carne humana, que foi retirada dos bordos, deixando amplo vazio no centro, é totalmente homogênea. Em outras palavras: não apresenta lesões, como as apresentaria se se tratasse de um pedaço de carne cortada com uma lâmina.

2) Quanto ao sangue, trata-se de genuíno sangue humano. Mais: o grupo sanguíneo "A", ao qual pertencem os vestígios de sangue, o sangue contido na carne e o sangue do cálice revelam tratar-se sempre do mesmo sangue grupo "AB" (sangue comum aos judeus). Este é também o grupo sanguíneo que o professor Pierluigi Baima Bollone, da Universidade de Turim, identificou na Sagrada Mortalha (Santo Sudário).

3) Apesar de sua antiguidade, a carne e o sangue se apresentam com uma estrutura de base intacta e sem sinais de alterações substanciais; este fenômeno se dá sem que tenham sido utilizadas substâncias ou outros fatores aptos a conservar a matéria humana, mas, ao contrário, ele ocorre apesar da ação dos mais variados agentes físicos, atmosféricos, ambientais e biológicos. A linguagem das relíquias de Lanciano é clara e fascinante: verdadeira carne e verdadeiro sangue humano, na sua inalterada composição que desafia os tempos; trata-se mesmo da carne do coração, daquele coração do qual, conforme a fé cristã, jorrou o Sangue, que dá a vida.

2 - Orvieto - Bolsena - Itália – 1263

Início da Festa de Corpus Christi

A festa do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao ano de 1208, quando uma monja, Santa Juliana de Mont-Cornillon (†1258), foi inspirada por Deus a constituí-la e a divulgá-la. O próprio Jesus tinha pedido a santa francesa a introdução da festa de “Corpus Domini” no calendário litúrgico da Igreja. Aconteceu que o padre Pedro de Praga, da Boêmia, ao celebrar uma Santa Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, foi surpreendido pelo milagre durante a consagração: da hóstia consagrada caíram gotas de Sangue sobre o corporal. Até hoje ele [Sangue milagroso] está em exposição na belíssima Catedral de Orvieto. O Papa Urbano IV (1262-1264) residia em Orvieto e ordenou ao Bispo Giacomo levar as relíquias de Bolsena à cidade onde habitava. O Sumo Pontífice, então, emitiu a Bula "Transiturus de mundo", em 11/08/1264, na qual prescreveu que, na quinta-feria após a oitava de Pentecostes, fosse celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor [Corpus Christi]. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Santo Padre para compor o Ofício da celebração. Em 1290 foi construída a Catedral de Orvieto, chamada de “Lírio das Catedrais”.

3 - Ferrara - 28/03/1171

Aconteceu este milagre na Basílica de Santa Maria in Vado, no século XII. Propagava-se, com perigo à fé católica, a heresia de Berengário de Tours (†1088), que negava a presença real de Cristo na Eucaristia. Aos 28 de março de 1171, padre Pedro de Verona e mais três sacerdotes concelebravam a Santa Missa de Páscoa. No momento de partir o Pão Consagrado, a Hóstia se transformou em Carne, da qual saiu um fluxo de Sangue que atingiu a parte superior do altar, cujas marcas são visíveis ainda hoje. Há documentos que narram o fato: um "Breve" do Cardeal Migliatori (1404). - Bula de Eugênio IV (1442), cujo original foi encontrado em Roma em 1975. Mas, a descoberta mais importante deu-se em Londres, em 1981, foi encontrado um documento de 1197 narrando o fato.

4 - Offida - Itália – 1273

Ricciarella Stasio - devota imprudente, realizava práticas supersticiosas com a Eucaristia; em uma dessas profanações, a Hóstia se transformou em Carne e Sangue. Estes foram entregues ao padre Giacomo Diattollevi e são conservadas até hoje. Há muitos testemunhos históricos sobre esse fenômeno extraordinário.

5 - Sena – Cáscia - Itália – 1330

Hoje este milagre é celebrado em Cássia, terra de Santa Rita de Cássia. Em 1330, um sacerdote foi levar o viático a um enfermo e colocou indevidamente, de maneira apressada e irreverente, uma Hóstia Consagrada dentro do seu breviário para levá-la a um doente em estado grave. No momento da Comunhão, abriu o livro e viu que a Hóstia se liquefez e, quase reduzida a Sangue, molhou as páginas do livro. Então o religioso negligente apressou-se a entregar o livro e a Hóstia a um frade agostiniano de Sena, o qual levou para Perúgia a página manchada de Sangue e para Cássia a outra página onde a Hóstia ficara presa. A primeira página perdeu-se em 1866, mas a relíquia chamada de “Corpus Domini” é atualmente venerada na basílica de Santa Rita.

6 - Turim - Itália – 1453

Na Alta Itália ocorria uma uma guerra furiosa pelo ducado de Milão. Os piemonteses saquearam a cidade; ao chegarem à igreja, forçaram o tabernáculo. Tiraram o ostensório de prata, no qual se guardava o Corpo de Cristo, ocultando-no dentro de uma carruagem, juntamente com os outros objetos roubados, e dirigiram-se para Turim. Crônicas antigas relatam que, na altura da igreja de São Silvestre, o cavalo parou bruscamente a carruagem – o que ocasionou a queda, por terra, do ostensório – este se levantou nos ares "com grande esplendor e com raios que pareciam os do sol". Os espectadores chamaram o Bispo da cidade na época, Ludovico Romagnano, que foi prontamente ao local do prodígio. Quando chegou, "O ostensório caiu por terra, ficando o Corpo de Cristo nos ares a emitir raios refulgentes". O Bispo, diante dos fatos, pediu que lhe levassem um cálice. Dentro deste desceu a Hóstia, que foi levada para a catedral com grande solenidade. Era o dia 9 de junho de 1453. Existem testemunhos contemporâneos do acontecimento ("Atti Capitolari" de 1454 a 1456). A igreja de "Corpus Domini" (1609) até hoje atesta o fato milagroso.

7 - Sena - Itália – 1730

Na Basília de São Francisco, em Sena, pátria de Santa Catarina de Sena, durante a noite de 14 para 15 de março de 1730, foram jogadas no chão 223 Hóstias Consagradas por ladrões que roubaram o cibório de prata onde elas estavam. Dois dias depois, as Hóstias foram achadas em caixa de esmolas misturas com dinheiro. Elas foram higienizadas e guardadas na Basílica de São Francisco; ninguém as consumiu; e logo o milagre aconteceu visto que com o passar do tempo elas não estragaram, o que é um grande milagre. A partir de 1914 foram feitos exames químicos que comprovaram pão em perfeito estado de conservação.

8 - Milagre Eucarístico de Santarém – Portugal (1247)

Aconteceu no dia 16 de fevereiro de 1247, em Santarém, a 65 km ao norte de Lisboa. Euvira, casada com Pero Moniz, sofrendo com a infidelidade do marido, decidiu consultar uma bruxa judia que morava perto da igreja da Graça. Esta prometeu-lhe resolver o problema se como pagamento recebesse uma Hóstia Consagrada. Para obtê-ta, a mulher fingiu-se de doente e enganou o padre da igreja de S. Estevão, que lhe deu a sagrada Comunhão num dia de semana. Ela recebeu a Hóstia, colocou-a nas dobras do seu véu. De imediato esta [Hóstia] começou a sangrar. Assustada, a mulher correu para casa na Rua das Esteiras, perto da igreja e escondeu o véu e a Hóstia numa arca de cedro onde guardava os linhos lavados. À noite o casal foi acordado com uma visão espetacular de anjos em adoração à sagrada Hóstia sangrando. O casal, arrependido e convertido, de madrugada, chamou o pároco e, acompanhados de inúmeros clérigos e leigos, levaram a Hóstia de volta para a igreja de S. Estevão, onde continuou a sangrar durante três dias. Enfim, a sagrada Comunhão foi depositada em um relicário, feito de cera de abelhas derretida, onde permaneceu num cálice até 1340, quando se afirma ter havido um outro milagre – foi descoberto que ficou encerrada numa âmbula de cristal. As manchas cristalizadas de Sangue se solidificaram na cera e constituíram-se nas Relíquias do Preciosíssimo Sangue, como se pode ver ainda hoje, intactas. Próximo da Igreja está a Ermida (casa do casal).

Várias investigações eclesiásticas foram feitas durante 750 anos. As realizadas em 1340 e 1612 provaram a sua autenticidade. Em 5 de abril de 1997, por decreto de D. Antonio Francisco Marques, Bispo de Santarém, a igreja de S. Estevão, onde está a relíquia, foi elevada a Santuário Eucarístico do Santíssimo Sangue.

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias"


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FORMAÇÃO:CARTA DE BENTO XVI SOBRE 'O DOM DA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA

Venerados Irmãos
no Episcopado e no Sacerdócio
Queridos irmãos e irmãs!

(...) Como já tive a ocasião de afirmar noutras circunstâncias, os Movimentos eclesiais e as Novas Comunidades, que floresceram depois do Concílio Vaticano II, constituem um singular dom do Senhor e um recurso precioso para a vida da Igreja. Eles devem ser acolhidos com confiança e valorizados nas suas diversas contribuições para os colocar com confiança ao serviço da utilidade comum de modo ordenado e fecundo. De grande interesse é também a vossa actual reflexão sobre a centralidade de Cristo na pregação, assim como sobre a importância dos "Carismas na vida da Igreja particular", com referência à teologia paulina, ao Novo Testamento e à experiência da Renovação Carismática. O que aprendemos do Novo Testamento sobre os carismas, que surgiram como sinais visíveis da vinda do Espírito Santo, não é um acontecimento histórico do passado, mas realidade sempre viva: é o mesmo Espírito divino, alma da Igreja, que age nela em cada época, e estas suas intervenções misteriosas e eficazes manifestam-se neste nosso tempo de modo providencial. Os Movimentos e as Novas Comunidades são como irrupções do Espírito Santo na Igreja e na sociedade contemporânea. Então podemos dizer que um dos elementos e dos aspectos positivos das Comunidades da Renovação Carismática Católica é precisamente a importância que revestem nelas os carismas ou dons do Espírito Santo e mérito seu é ter evocado na Igreja a actualidade.

O Concílio Vaticano II, em diversos documentos, faz referência aos Movimentos e às novas Comunidades eclesiais, sobretudo na Constituição Dogmática Lumen gentium, onde lemos: "Os carismas extraordinários, ou também os mais simples e mais comuns, dado que são sobretudo apropriados e úteis para as necessidades da Igreja, devem ser acolhidos com gratidão e consolação" (n. 12). Em seguida, também o Catecismo da Igreja Católica ressaltou o valor e a importância dos novos carismas na Igreja, cuja autenticidade é contudo garantida pela disponibilidade a submeter-se ao discernimento da autoridade eclesiástica (cf. n. 2003). Precisamente porque assistimos a um prometedor florescimento de movimentos e comunidades eclesiais, é importante que os Pastores exerçam em relação a eles um discernimento prudente e sábio. Faço votos de coração por que seja intensificado o diálogo entre Pastores e Movimentos eclesiásticos a todos os níveis: nas paróquias, nas dioceses e com a Sé Apostólica. Sei que estão a ser estudadas modalidades oportunas para conferir reconhecimento pontifício aos novos Movimentos e Comunidades eclesiais e não são poucos os que já o receberam. Este dado o reconhecimento ou a erecção de associações internacionais da parte da Santa Sé para a Igreja universal os Pastores, sobretudo os Bispos, devem tê-lo em consideração no discernimento obrigatório que lhes compete (cf. Congregação para os Bispos, Directório para o Ministério Pastoral dos Bispos Apostolicam Successores, Cap. 4, 8).

Queridos irmãos e irmãs, entre estas novas realidades eclesiais reconhecidas pela Santa Sé, inclui-se também a vossa, a Catholic Fraternity of Charismatic Covenant Communities and Fellowships, Associação Internacional de fiéis, que desempenha uma missão específica no âmbito da Renovação Carismática Católica (cf. Decreto do Pontifício Conselho para os Leigos de 30 de Novembro de 1990 prot. 1585/s-6//b-so). Um dos seus objectivos, em conformidade com as indicações do meu venerado predecessor João Paulo II, é salvaguardar a identidade católica das comunidades carismáticas e encorajá-las a manter um vínculo estreito com os Bispos e com o Romano Pontífice (cf. Carta autógrafa à Catholic Fraternity, 1 de Junho de 1998). É ainda com prazer que tomo conhecimento de que ela se propõe a instituição de um Centro de formação permanente para os membros e os responsáveis das Comunidades Carismáticas. Isto permitirá que a Catholic Fraternity valorize melhor a própria missão eclesial orientada para a evangelização, a liturgia, a adoração, o ecumenismo, a família, os jovens e as vocações de especial consagração: missão que será ainda mais ajudada pela transferência da Sede internacional da associação para Roma, com a possibilidade de estar em contacto mais estreito com o Pontifício Conselho para os Leigos.

Queridos irmãos e irmãs, a salvaguarda da fidelidade à identidade católica e da eclesialidade da parte de cada uma das vossas comunidades permitir-vos-á dar em toda a parte um testemunho vivo e laborioso do profundo mistério da Igreja. E será precisamente isto que promoverá a capacidade das várias comunidades de atrair novos membros. Confio os trabalhos dos vossos respectivos congressos à protecção de Maria, Mãe da Igreja, Templo vivo do Espírito Santo, e à intercessão dos santos Francisco e Clara de Assis, exemplos de santidade e de renovação espiritual, enquanto de coração concedo a vós e a todas as vossas comunidades uma especial Bênção Apostólica.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Formação - Intensifiquemos o nosso clamor: Vinde, Espírito Santo!


Somos cheios do Espírito quando nos colocamos a serviço.
Chegar à Solenidade de Pentecostes é celebrar a plenitude da Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Sua vitória sobre o pecado e a morte, ao vir sobre a Igreja reunida se cumpre à promessa de Jesus: “Ao tomar a refeição com eles, deu-lhes esta ordem: 'Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual me ouvistes falar, quando eu disse: 'João batizou com água; vós, porém, dentro de poucos dias sereis batizados com o Espírito Santo'" (cf. Atos 1,4-5). Quando o Espírito Santo vem sobre a Igreja reunida com Maria e os Apóstolos, ela vive no seu nascimento, na Solenidade de Pentecostes, a plenitude da Páscoa, que os fez testemunhas da vida nova, e isso pode acontecer hoje comigo e com você.

Ao receber o Espírito Santo não devemos monopolizá-Lo, Ele não é um Dom somente para nós, nem somente para a Igreja, Ele é um DOM para todos. O Espírito Santo que nós recebemos e juntamente com Ele os Dons e Carismas, que são manifestações d'Ele, são para que imediatamente nós nos coloquemos a serviço, a serviço da Igreja e dos irmãos. Por isso, a experiência com o Paráclito aconteceu em comunidade, nunca com uma pessoa sozinha, pois Ele é o animador e santificador da comunidade dos cristãos, da Igreja. É impossível fazer uma experiência com o Espírito de Deus fora da comunidade, esse foi o ambiente escolhido pelo Pai e por Jesus, é o ambiente adequado para que Ele [Espírito Santo] venha e nos faça irmãos, servos e testemunhas do Evangelho.

Nós não somos monopolizadores do Espírito, somos "difusores" d'Ele. Por isso, o recebimento do Espírito Santo só é autêntico para quem se coloca a serviço, este, sim, O recebeu e O dá de maneira abundante, como o fez Jesus, como o fez Maria e os apóstolos. Não seja monopolizador do Espírito, eu não sou “a pessoa inspirada”, “o inteligente”, “o cheio de dons”, não! É possível reconhecer se somos cheios do Espírito Santo quando nos colocamos a serviço dos irmãos, aí vamos dar provas de que somos pessoas conduzidas por Ele.

É hora de intensificarmos nosso pedido: Vinde, Espírito Santo! Vinde sobre nós pessoalmente. Vinde sobre toda a Igreja. Vinde sobre toda a cristandade. Nesta semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, vinde sobre nós católicos, sobre os ortodoxos, sobre os evangélicos. Vinde sobre a humanidade inteira. Rezemos clamando nestes dias de preparação para a Solenidade de Pentecostes pelos sete dons do Espírito de Deus: SABEDORIA, INTELIGÊNCIA, CONSELHO, FORTALEZA, CIÊNCIA, PIEDADE E TEMOR DE DEUS:

DOM DA SABEDORIA

“Mal podemos compreender o que está sobre a terra, dificilmente encontramos o que temos ao alcance da mão. Quem, portanto, pode descobrir o que se passa no céu? E quem conhece vossas intenções, se vós não lhe dais a Sabedoria, e se do mais alto dos céus vós não lhe enviais vosso Espírito Santo? Assim se tornaram direitas as veredas dos que estão na terra; os homens aprenderam as coisas que vos agradam e pela sabedoria foram salvos” (Cf. Sb 9,16-18).

Vinde, Espírito de sabedoria! Instruí o meu coração para que eu saiba estimar os bens celestes e antepô-los a todos os bens da terra.

Oração: Ó Deus Todo-poderoso, concedei-nos o Dom da Sabedoria, a fim de que cada vez mais gostemos das coisas divinas e, abrasados no fogo do vosso amor, prefiramos com alegria as coisas do céu a tudo que é mundano e nos unamos para sempre a Jesus, sofrendo tudo neste mundo por amor. Por Jesus Cristo, vosso Filho na unidade do Espírito Santo.

DOM DA INTELIGÊNCIA

“Sabemos que aquele que nasceu de Deus não peca; mas o que é gerado de Deus se acautela, e o maligno não o toca. Sabemos que somos de Deus, e que o mundo todo jaz sob o maligno. Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro. E estamos no Verdadeiro, nós que estamos em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”. (1 Jo 5,18-20).

Vinde, Espírito de Inteligência! Iluminai a minha mente Para que entenda e abrace todos os mistérios da fé e mereça alcançar um pleno conhecimento Vosso, do Pai e do Filho.

Oração: Ó Deus, concedei-nos o Dom do Entendimento, para que pela luz celeste de vossa graça, bem entendamos as sublimes verdades da salvação e a doutrina da santa religião. Por Jesus Cristo, vosso Filho na unidade do Espírito Santo.

DOM DO CONSELHO

“Ouve os conselhos, aceita a instrução: tu serás sábio para o futuro. Há muitos planos no coração do homem, mas é a vontade do Senhor que se realiza” (Pr 19,20-21).

Vinde, Espírito de Conselho! Assisti-me em todos os assuntos desta vida instável, torna-me dócil às inspirações e guiai-me sempre pelo caminho dos divinos mandamentos.

Oração: Ó Deus, concedei-me o Dom do Conselho, tão necessário em tantos passos melindrosos da vida, para que sempre escolhamos o que mais vos agrada e sigamos em tudo vossa divina graça. Por Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

DOM DA FORTALEZA

“Demais, para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade. Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. Mas ele me disse: 'Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força'. Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte” (II Cor 12,7-10).

Vinde, Espírito de Fortaleza! Fortalecei o meu coração em todas as perturbações e adversidades e dai à minha alma o vigor necessário para resistir ao pecado e ao maligno.

Oração: Ó Deus, concedei-nos o Dom da Fortaleza, para que desprezemos todo o respeito humano, fujamos do pecado, pratiquemos as virtudes da fortaleza com santo fervor e afrontemos com paciência e mesmo com alegria de espírito os desprezos, prejuízos e perseguições. Por Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

DOM DA CIÊNCIA

“Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra! Vossa majestade se estende triunfante, por cima de todos os céus. Que é o homem, digo-me então, para pensardes nele? Que são os filhos de Adão, para que vos ocupeis com eles? Entretanto, vós o fizestes quase igual aos anjos, de glória e honra o coroastes. Destes-lhe poder sobre as obras de vossas mãos, vós lhe submetestes todo o universo. Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra”! (Sl 8,2. 5-7. 10).

Vinde, Espírito de Ciência! Fazei-me ver a vaidade de todos os bens caducos deste mundo, para que não use senão para vossa glória e salvação de minha alma.

Oração: Ó Deus, concedei-nos o Dom da Ciência, para que conheçamos cada vez mais a nossa própria miséria e fraqueza, a beleza das virtudes e o valor inestimável da alma e para que sempre vejamos claramente as ciladas do demônio, da carne, do mundo, a fim de evitá-las. Por Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

DOM DA PIEDADE

“Recomenda esta doutrina aos irmãos, e serás bom ministro de Jesus Cristo, alimentado com as palavras da fé e da sã doutrina que até agora seguiste com exatidão. Exercita-te na piedade. Se o exercício corporal traz algum pequeno proveito, a piedade, esta sim, é útil para tudo, porque tem a promessa da vida presente e da futura” (I Tm 4,6. 8).

Vinde, Espírito de Piedade! Vinde morar no meu coração e inclinai-o para a verdadeira piedade e santo amor a Deus.

Oração: Ó Deus, concedei-nos o Dom da Piedade, para que aprendamos a amar-vos como nosso Pai e a todos os homens como nossos irmãos. Por Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo.

DOM DO TEMOR DE DEUS

“Meu filho, se acolheres minhas palavras e guardares com carinho meus preceitos, ouvindo com atenção a sabedoria e inclinando teu coração para o entendimento; se tu apelares à penetração, se invocares a inteligência, buscando-a como se procura a prata [...], então compreenderás o temor ao Senhor, e descobrirás o conhecimento de Deus, porque o Senhor é quem dá a sabedoria, e de sua boca é que procedem a ciência e a prudência” (Prov 2,1-6).

Vinde, Espírito de Temor de Deus! Repassai a minha carne com o vosso santo temor, de modo que tenha sempre Deus presente e evite tudo o que possa desagradar aos olhos de vossa divina majestade.

Oração: Ó Deus, concedei-nos o Dom do Santo Temor, para que sempre nos lembremos com suma reverência e profundo respeito da vossa divina presença, e evitemos praticar tudo quanto possa vos desagradar. Por Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Formação - O rosto da santidade


Ser santo é ser discípulo.

Nós fomos feitos para Deus e a finalidade de nosso coração deve ser chegar até Ele. Você só poderá se realizar à medida que descobrir que é uma criatura do Senhor.

Não queremos a sujeira, não queremos a imperfeição, pois o Todo-poderoso não nos fez para o pecado. Podemos dizer muito do Senhor, mas basta dizer que Ele é amor. É nesse mistério que compreendemos que Ele é Pai, Filho e Espírito Santo.

Você é atraído por Ele não só porque você queira o melhor, mas porque você quer comunhão. Para chegar a professar a fé em Jesus, você precisa fazer antes a experiência do seguimento. Não dá para descrever quem é Cristo, sem antes se pôr a segui-Lo.

Todos nós temos de renegar a nós mesmos, ou seja, vencer nosso convencimento. Todos (ninguém deve ficar de fora!) devem tomar sua cruz. Todos devem amar Aquele que não decepciona ninguém. Diz Santo Agostinho: “Sê constante, paciente, sofre as demoras e terás enfrentado a cruz”. A estrada da vida, da plenitude, passa pelo seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ser santo é ser discípulo.

Guardem estas duas palavras: eleitos e santos. A santidade vem primeiro do Alto, pois é graça, é Deus quem no-la dá. Se você não fizer uma escolha, você será como aquele homem que constrói sua casa na areia. Aqueles a quem Deus escolhe para serem santos são aqueles que são pecadores.

Santa Maria Gorete, considerada a santa da castidade, morreu em defesa da sua pureza. Quando ela perdoou o seu agressor, ela chegou ao cume da santidade. Na sua canonização estava, ali presente, aquele que a havia assassinado. Naquela ocasião, Pio XII disse assim: “Nem todos são chamados ao martírio, mas todos são chamados a praticar as virtudes cristãs”. Santidade exige atenção contínua até o fim da vida. Cada um, em sua condição de vida, siga os passos desta santa, com generosidade, com vontade firme.

Tenho encontrado em muitos lugares, tanto na Renovação Carismática Católica [RCC] como nas Novas Comunidades, verdadeiras "fábricas" de santos, pessoas que se dedicam plenamente ao Senhor. Todo o corpo da Igreja deve seguir a Cristo, que é o Santo de Deus. Essa é uma proposta para todos nós.

Quem é o rosto da santidade? O rosto, quem sabe, da mãe de família? Ou dos jovens? Temos de olhar para Virgem Maria, ela é o rosto da santidade! Ela tem o perfil da santidade, pelo qual constantemente precisamos buscar.

Meu irmão e minha irmã, prestem este serviço para o mundo de hoje: o rosto da santidade para este tempo tem de ser o seu. As pessoas têm direito de vê-lo na oração, sorrindo, com bom humor.

Dom Alberto Taveira
Arcebispo de Belém - PA