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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Formação: O papel da Virgem Maria na Igreja


A Igreja experimenta continuamente a eficácia da ação de Mãe.
São Bernardo, doutor da Igreja, disse que "Deus quis que recebêssemos tudo por Maria". De fato, por ela nos veio o Salvador e tudo o mais. Sem dúvida, o papel preponderante da Santíssima Virgem na vida da Igreja é o de Mãe.

A Igreja, como o Cristo, nasce no seu regaço:

“Todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, a Mãe de Jesus e de Seus irmãos” (At 1,14).

Neste quadro de Pentecostes São Lucas destaca a pessoa de Nossa Senhora, a única que é recordada com o próprio nome, além dos apóstolos. Ela promove, na Igreja nascente, a perseverança na oração e a concórdia no amor. É o papel de mulher e de Mãe. São Lucas também faz questão de apresentá-la explicitamente como “a mãe de Jesus” (cf. At 1,14), de forma a dizer que algo da presença do Filho, que subiu ao céu, permanece na presença da Mãe. Ela, que cuidou de Jesus, passa agora a cuidar da Igreja, o Corpo Místico do Seu Filho. Desde o começo a Virgem Maria exerce o seu papel de “Mãe da Igreja".

Com essas palavras pronunciadas na Cruz: “Mulher, eis aí o teu filho" (Jo 19, 26), Cristo lhe dá a função de Mãe universal dos crentes. Entregando-a ao discípulo amado como Mãe, Nosso Senhor Jesus Cristo quis também indicar-nos o exemplo de vida cristã a ser imitado. Se Cristo no-la deu aos pés da Cruz, é porque precisamos dela para a nossa salvação. Não foi à toa que o Resssuscitado nos deu a Sua Mãe...

Esta missão materna e universal da Santíssima Virgem Maria aparece na sua preocupação para com todos os cristãos, de todos os tempos. Sem cessar ela socorre a Igreja e os seus filhos. Os cristãos a invocam como “Auxiliadora”, reconhecendo-lhe o amor materno que socorre os seus filhos, sobretudo quando está em jogo a salvação eterna. A convicção de que Nossa Senhora está próxima dos que sofrem ou se encontram em perigo levou os fiéis a invocá-la como “Socorro”. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro!

A mesma confiante certeza é expressa pela mais antiga oração mariana, do século II, na época das perseguições romanas, com as palavras: “Sob a vossa proteção recorremos a vós, Santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós que estamos na prova, e livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!” (Do Breviário Romano).

Na sua peregrinação terrena, a Igreja experimenta continuamente a eficácia da ação da “Mãe na ordem da graça”. Ela tem um lugar especial no coração de cada filho. Não é um sentimento superficial, mas afetivo, real, consciente, vivo, arraigado e que impele os cristãos de ontem e de hoje a recorrerem sempre a ela, para entrarem em comunhão mais íntima com Cristo.

Nossa Senhora une não só os cristãos atuantes, mas também o povo simples e até os que estão afastados. Para esses, muitas vezes, a Virgem Maria é o único vínculo com a vida da Igreja. Ela nos educa a viver na fé em todas as situações da vida, com audácia e perseverança constante. A sua maternal presença na Igreja ensina os cristãos a se colocarem na escuta da Palavra do Senhor. O exemplo da Virgem Maria faz com que a Igreja aprenda o valor do silêncio. O silêncio de Maria é, sobretudo, sabedoria e acolhimento da Palavra.

A Igreja aprende a imitá-la no seu caminho cotidiano. E assim, unida com a Mãe, conforma-se cada vez mais com seu Esposo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O Angelus tem algo especial que pela via da amizade leva os outros a um encontro forte com Deus


Como me alegro em ver toda essa juventude voltada para Deus, como é bom se doar a Ele, estar com Ele, realizando as suas obras. Meu coração encheu-se mais de alegria depois que conheci o Angelus, ao ver jovens tão queridos que podiam estar no mudinho, mas escolheram o mundão no qual foram escolhidos por Deus. O Angelus tem muito a fazer ainda por aqueles jovens que estão perdidos, mas todos vocês tem que estar abertos para realizar as maravilhas de Deus no meio do povo, seja quais forem. Eu digo por mim mesma como fico encantada de poder conversar, brincar, abraçar e até mesmo chorar no ombro do irmão, isso me alegra, me satisfaz, não faço isso por mérito para alcançar a salvação, faço isso porque é um dom puro que Deus me deu. Jovens não tenham medo de se envolver cada vez mais com Deus, sintam-se livres, entreguem a alma a Ele, mesmo achando-se incapazes. Deus ama os que não merecem ser amados e escolhe os que não merecem ser escolhidos, Ele não se importa com os nossos erros até o DIA DE HOJE, porque o amor que Ele tem por nós é cheio de FUTURO. Ele não fica preso ao nosso passado, não importa com o que fizemos ou deixamos de fazer, a Ele interessa o que ainda podemos fazer. Não é fácil lidar com os nossos erros, e sofremos as consequências por eles, mas somos jovens; e jovem precisa de desafio como diz o Papa João Paulo II (jovem não tem medo de desafio, mas sim de uma vida sem sentido), desafie-se a melhorar sua vida, a corrigir seus erros para se lançar em uma vida melhor, seja sinal de Deus para os que precisam, tenha orgulho de falar que é Servo de Deus. Foi muito bom para mim conhecer vocês, isso nos ajuda a construir esse carisma que é ser presença de Deus no meio do povo. Obrigado pela amizade que construímos, conto com as orações de vocês e peço a MARIA ARCA DA ALIANÇA que cuidem de vocês, pois vocês são almas que não podem ser perdidas. O Angelus tem algo especial que pela via da amizade leva os outros a um encontro forte com Deus. Vocês me marcaram muito, me ajudaram a quebrar barreiras que precisavam ser mexidas. Um abraço fraterno à todos, e em especial queria deixar um forte abraço a Camila(anja), Thiago, Karine, Karina, Ana, Drica, Bruninha, Bia e Valter saiba que levo vocês em meu coração. Não desistam de ser felizes, não deixem o inimigo entrar em nossas fraquezas. Todos nós somos capazes de combater o mal para podermos cantar vitória ao nosso Amado.

Fiquem com Deus.

Roberta Cordeiro Pereira
(Comunidade Arca da Aliança)

domingo, 1 de agosto de 2010

Formação: Quando o amigo 'pisa na bola'


'Por melhores que sejam as pessoas, um dia, elas nos decepcionam.'

Por melhores que sejam as pessoas e suas intenções, um dia, sem querer, elas nos decepcionam. Acontece isso entre pais e filhos, marido e mulher, namorados apaixonados e entre amigos também. Nós mesmos já fizemos essa experiência frustrante de "pisar na bola" com alguém que nunca queríamos machucar ou decepcionar. Isso faz parte do processo de amadurecimento de qualquer relacionamento e é muito bom que isso aconteça, para que não fiquemos na ilusão de achar que tal pessoa é perfeita ou nós mesmos somos intocáveis e imaculados.
Dizer que a frustração e os erros fazem parte do conhecimento do outro, para que no amadurecimento da amizade possamos adequar a imagem do amigo ao real e possível parece exagero, pois quem tem amizade-fantasia são as crianças e neste período da vida é normal. Por isso, que uma verdadeira amizade deve estar guiada por alguns compromissos evangélicos: verdade, transparência e partilha, tudo isso, é claro, com muita caridade e misericórdia, pois só quando experimentamos o gosto amargo dos nossos erros compreendemos as fraquezas e erros do amigo.

Experiência mais terrível, para mim, são aquelas pessoas que estão no centro de uma situação, sabem de fatos que incluem e comprometem a pessoa amiga e por respeito humano e por um falso "protecionismo" ficam caladas, se omitem, não querem correr o risco de perder a boa fama, a simpatia e até mesmo amizade. Quando a amizade é verdadeira o único medo que eu tenho é perder o meu amigo para os seus próprios erros, mesmo que ele não me compreenda e fique com raiva de mim, vou falar-lhe a verdade e abrir seus olhos, pois amigo não é aquele que passa a mão na cabeça, mas aquele que o desafia e o "desinstala", mas está pronto para ficar com você em qualquer situação.

Precisamos crescer na vivência e na compreensão de uma verdadeira amizade, quem não se compromete não ama. Quando um amigo "pisa na bola" ou está vivendo uma situação constrangedora aproveite para acolhê-lo, não tenha medo de sacrificar a amizade pela verdade e o verdadeiro amor se arrisca, dá a vida pelo amigo. “O homem quando erra não tem outra alternativa a não ser pedir perdão, se não ele não é homem”. O amigo não "abandona o barco" quando ele se agita, ajuda a remar mesmo que tenha de dizer que o outro está remando para o lado errado. Como corrigir um amigo sem perder sua amizade:

1° Reze pelo seu amigo: a oração vai preparar o coração dele e também o seu;

2° Espere a hora certa para conversar e partilhar, não se deixe vencer pelo nervosismo e ansiedade;

3° Escolha o lugar certo: a privacidade é o melhor lugar para corrigir uma pessoa, evite fazer uma correção em público, mesmo que você esteja certo começou errado;

4° Faça um elogio antes de fazer a crítica e a correção. Todos têm qualidades e isso corrige o nosso ego elevado pelos erros dos outros; isso não é fingimento, é amor.

5° Saiba falar: cuidado com as palavras, o problema, muitas vezes, não é o conteúdo das críticas, mas o jeito com que se fala. Mesmo que o outro esteja no erro, demonstre respeito e carinho.

Na realidade, na hora em que é feita, nenhuma correção parece alegrar o outro, pois causa dor. Depois, porém, produz um fruto de paz e de justiça para aqueles que nela foram exercitados (cf. Hebreus 12,11).