Foto: Rayane Braga
Em Deus é possível vencer a Solidão
Muitas
são as causas que provocam em nós a solidão. Pode ser a perda de uma pessoa
próxima, pode ser a mudança no ambiente familiar ou até mesmo o rompimento de
um relacionamento. Existem vários motivos.
Para sentirmos solidão não
precisamos necessariamente estarmos sozinhos. Podemos estar ao lado
de várias pessoas e nos sentirmos solitários, pois a solidão não depende
da quantidade de pessoas que estão ao nosso redor, mais sim do
relacionamento que você tem com estas pessoas.
Às
vezes esta solidão nos enfraquece e nos deixa desanimados, cansados, com um
desejo enorme de não continuarmos, e neste momento começam a surgir os medos e
as dúvidas. Não encontramos forças para darmos um passo, achamos que não
conseguiremos continuar a caminhada. Mas saibamos que é nesta hora que o Senhor
mais está ao nosso lado. É o próprio Senhor que luta por mim e por
você e nos levanta dizendo:“Coragem!
E sede fortes. Nada vos atemorize, e não os temais, porque é o Senhor vosso
Deus que marcha à vossa frente: Ele não vos deixará nem vos abandonará”. (Dt.
31, 6).
Para
aprendermos a superar a solidão temos que primeiramente ter esta certeza de que
todos podem nos abandonar, mas o Senhor permanece conosco, somente Ele é fiel.
A partir deste passo de nos conscientizarmos que somos verdadeiramente amados
por Deus e que Ele não desiste de nós e nos
guia neste deserto da nossa vida, tudo se tornará mais fácil e conseguiremos
enxergar que a solidão nada mais é que a falta de confiança da presença de Deus
em nós.
O segundo passo para vencermos a solidão é nos
consumirmos pelo serviço do Senhor. A partir daí ocupamos a nossa mente e o
nosso coração com aquilo que o Senhor sonhou para nós, e é isto que Ele nos
pede, que levemos o seu amor a todos os povos. Temos que sair de nós mesmos,
dos nossos problemas, para que consigamos enxergar que somos mais que
vencedores em Cristo Jesus. E com isso conseguiremos ajudar o outro em
suas dificuldades. E com certeza a nossa luta não será em vão. “Combati
o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber
a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não
somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição”. (II
Tim. 4, 7-8)
O Terceiro passo para vencermos a solidão é nos aproximarmos
daqueles que verdadeiramente buscam e querem estar na presença do
Senhor, temos que estar unidos aos irmãos que buscam o mesmo objetivo que nós.
Deus sabe que não conseguiríamos sozinhos por isso Ele envia anjos para nos
acompanhar na nossa caminhada. O interessante é que muitas vezes nós
somos estes anjos na vida do outro, mesmo achando que não somos dignos disso.
Que nos abramos a vontade de Deus. Que nos deixemos ser usados pelo Senhor,
para que o Senhor nos use da maneira que Ele quer. E quando estamos
unidos como irmãos na fé, tudo se torna mais fácil, pois encontramos
forças na alegria do outro, no abraço, no acolhimento, no sorriso e até mesmo
nas lágrimas. “Nossa subida espiritual atravessa um mundo de escuridão,
mas o temor salutar faz-nos encontrar a Luz”. (Pe. Pio)
Madre Teresa de Calcutá quando passou pelo vale da solidão escreveu:
“Há tanta contradição em minha alma, um profundo desejo de Deus, tão profundo que faz mal; um sofrimento contínuo e com isso o sentimento de não ser querida por Deus, vazia, sem fé, sem ânimo, sem zelo…”,
“Senhor Deus meu, quem sou eu para que Tu me abandones? Uma filha de Teu amor, e agora, convertida na mais odiada, não amada. Chamo, me agarro, eu quero, mas não há resposta, não há ninguém em quem possa me agarrar, nada, sozinha. A escuridão é tamanha e estou sozinha. Depreciada, abandonada. A solidão do coração que quer o amor é insuportável. Onde está minha fé? Inclusive no mais profundo, bem dentro, não há nada além de vazio e escuridão. Deus meu, como é dolorosa esta dor desconhecida. Dói sem cessar. Não tenho fé. Não me atrevo a pronunciar as palavras e pensamentos que enchem meu coração e me fazem sofrer uma agonia indizível. Tantas perguntas sem respostas vivem dentro de mim, me dá medo descobri-las, pois podem ser causa de blasfêmias.
Se Deus existe, por favor, perdoe-me. Confio que tudo isto terminará no céu com Jesus. Quando tento levantar meus pensamentos ao Céu, há um vazio tão acusador que estes mesmos pensamentos regressam como facas afiadas e ferem a minha alma. Amor, a palavra, não me diz nada. Se me dizes que Deus me ama, sei que a realidade de escuridão, frieza, vazio é tão grande que nada comove minha alma.Antes de começar a obra havia tanta união, amor, fé, confiança, oração e sacrifício. Enganei-me ao me entregar cegamente ao Sagrado Coração? A obra não é uma dúvida, porque estou convencida de é Sua, não minha. Não sinto, em meu coração não há o mínimo pensamento ou tentação de atribuir-me algo desta obra.
“Há tanta contradição em minha alma, um profundo desejo de Deus, tão profundo que faz mal; um sofrimento contínuo e com isso o sentimento de não ser querida por Deus, vazia, sem fé, sem ânimo, sem zelo…”,
“Senhor Deus meu, quem sou eu para que Tu me abandones? Uma filha de Teu amor, e agora, convertida na mais odiada, não amada. Chamo, me agarro, eu quero, mas não há resposta, não há ninguém em quem possa me agarrar, nada, sozinha. A escuridão é tamanha e estou sozinha. Depreciada, abandonada. A solidão do coração que quer o amor é insuportável. Onde está minha fé? Inclusive no mais profundo, bem dentro, não há nada além de vazio e escuridão. Deus meu, como é dolorosa esta dor desconhecida. Dói sem cessar. Não tenho fé. Não me atrevo a pronunciar as palavras e pensamentos que enchem meu coração e me fazem sofrer uma agonia indizível. Tantas perguntas sem respostas vivem dentro de mim, me dá medo descobri-las, pois podem ser causa de blasfêmias.
Se Deus existe, por favor, perdoe-me. Confio que tudo isto terminará no céu com Jesus. Quando tento levantar meus pensamentos ao Céu, há um vazio tão acusador que estes mesmos pensamentos regressam como facas afiadas e ferem a minha alma. Amor, a palavra, não me diz nada. Se me dizes que Deus me ama, sei que a realidade de escuridão, frieza, vazio é tão grande que nada comove minha alma.Antes de começar a obra havia tanta união, amor, fé, confiança, oração e sacrifício. Enganei-me ao me entregar cegamente ao Sagrado Coração? A obra não é uma dúvida, porque estou convencida de é Sua, não minha. Não sinto, em meu coração não há o mínimo pensamento ou tentação de atribuir-me algo desta obra.
Mons. Jonas Abib chama essa solidão que costumamos passar de "tempos de aridez", já São João da Cruz e Santa Teresa D'Avila preferiam chamar de "noites escuras". O fato é que esses momentos também nos fortalecem. Portanto, precisamos com sabedoria, saber passar por eles.
Thiago José